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Na última sexta-feira (28), o ex-presidente Michel Temer (MDB) foi consultado por integrantes do governo federal na tentativa de encontrar uma solução para a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de não comparecer a depoimento na Polícia Federal (PF).
A informação foi confirmada à CNN Brasil por fontes do Palácio do Planalto e do próprio ex-presidente.
De acordo com o jornal, nas conversas telefônicas, Temer foi questionado sobre qual postura Bolsonaro poderia adotar sem parecer uma afronta ao STF ou ao ministro Alexandre de Moraes.
A solução de recorrer ao “direito de ausência”, por meio de um agravo regimental apresentado à Suprema Corte, foi um dos temas tratados nas conversas.
Na sexta, a Advocacia-Geral da União (AGU) usou o argumento para justificar o não comparecimento de Bolsonaro a depoimento em inquérito que apura o vazamento de documentos sigilosos pelo presidente.
O entendimento do governo é o de que decisão do STF, em 2018, proibiu a condução coercitiva, deu respaldo ao argumento. No mesmo dia da decisão, no entanto, Moraes não acatou o recurso do presidente e manteve o depoimento, que ainda não foi realizado.
Não é a 1ª vez que o governo recorre a Temer para atuar como um mediador na relação entre o Palácio do Planalto e o STF. Em setembro, o ex-presidente ajudou Bolsonaro a redigir um manifesto defendendo a harmonia institucional no país.
O documento foi publicado após declarações de Bolsonaro na manifestação do 7 de Setembro.