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Na quarta-feira (02), o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) decidiu trancar o inquérito da Polícia Civil que apurava a possível vacinação irregular contra a Covid-19 do cantor Wesley Safadão, sua mulher e sua produtora.
O TJ-CE também suspendeu a tramitação de um procedimento investigatório criminal do Ministério Público estadual na investigação do suposto crime de infração de medida sanitária preventiva.
No entanto, o MP foi autorizado a prosseguir com a apuração dos servidores envolvidos, pela suposta prática de crime de peculato.
O advogado Willer Tomaz, que representou Safadão no caso, afirmou que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A investigação havia sido aberta após notícias de que os investigados teriam furado a fila da vacinação. A mulher de Safadão teria recebido o imunizante antes da data prevista para sua idade, enquanto o músico e a produtora teriam se dirigido a um posto de vacinação diferente do previsto, na suposta tentativa de escolher a fabricante da dose.
Tomaz argumentou que a esposa teria apenas se vacinado sem agendamento prévio, enquanto Safadão e sua produtora teriam somente recebido o imunizante em local diferente do previamente agendado.
As condutas não representariam desobediência a nenhuma norma de combate à Covid, mas apenas ao ato administrativo que organiza os locais de vacinação conforme as faixas etárias.
Em novembro do último ano, a desembargadora Francisca Adelineide Viana já havia concedido liminar para suspender a investigação criminal contra o trio.