Na segunda-feira (07), a defesa do pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) encaminhou ao Tribunal de Contas de União (TCU) uma manifestação contra o pedido do Ministério Público para bloquear os bens do ex-juiz da Lava Jato.
Os advogados também pediram à Corte de contas que arquive a investigação sobre o trabalho de Moro na consultoria Alvarez & Marsal. O documento foi encaminhado ao relator do caso na Corte, Bruno Dantas.
Na semana passada, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, pediu ao TCU que determine a indisponibilidade de bens do ex-juiz por suposta sonegação de impostos sobre os pagamentos recebidos da consultoria.
A defesa do ex-ministro argumenta que Moro vem sendo alvo de “tentativas de constrangimento públicas” por parte de Furtado. Os advogados dizem que o subprocurador age “à margem do próprio Ministério Público de Contas”.
“A demanda sequer deveria ter sido processada, ante a ausência de indícios mínimos de ilegalidade e, ainda mais relevante, a incompetência desta Corte para imiscuir-se nas relações apontadas pelo Subprocurador-Geral, indicando o indeferimento das medidas pleiteadas, notadamente aquelas de natureza cautelar”, disse a defesa na manifestação.
Na tarde desta segunda, Furtado comentou as críticas feitas por Moro ao pedido de bloqueio de bens. “Se fazem tanto barulho é porque têm medo de que esteja no caminho certo. Ninguém pode ficar acima da lei”, disse o subprocurador à coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.