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A Finlândia foi nomeada o país mais feliz do mundo pelo quinto ano consecutivo, em um índice anual patrocinado pela ONU que novamente classificou o Afeganistão como o mais infeliz, seguido de perto pelo Líbano.
Sérvia, Bulgária e Romênia registraram os maiores aumentos no bem-estar. As maiores quedas na tabela da Felicidade Mundial, divulgada nesta sexta-feira (18), ocorreram no Líbano, Venezuela e Afeganistão.
O Líbano, que está enfrentando um colapso econômico, caiu para o penúltimo lugar no índice de 146 nações, logo abaixo do Zimbábue.
O Afeganistão traumatizado pela guerra, já na parte inferior da tabela, viu sua crise humanitária se aprofundar desde que o Taleban assumiu o poder novamente em agosto passado.
A UNICEF estima que um milhão de crianças com menos de cinco anos podem morrer de fome neste inverno se não receberem ajuda.
“Este (índice) apresenta um forte lembrete dos danos materiais e imateriais que a guerra causa a suas muitas vítimas”, disse o coautor Jan-Emmanuel De Neve.
O World Happiness Report, agora em seu 10º ano, é baseado na avaliação das próprias pessoas sobre sua felicidade, bem como em dados econômicos e sociais.
Ele atribui uma pontuação de felicidade em uma escala de zero a 10, com base em uma média de dados ao longo de um período de três anos. Esta última edição foi concluída antes da invasão russa da Ucrânia .
Os europeus do norte mais uma vez dominaram os primeiros lugares – com os dinamarqueses em segundo atrás dos finlandeses, seguidos pelos islandeses, suíços e holandeses.
Os Estados Unidos subiram três posições para 16º, um à frente do Reino Unido, enquanto a França subiu para 20º, sua classificação mais alta até agora.
Além de uma sensação pessoal de bem-estar, com base em pesquisas Gallup em cada país, a pontuação de felicidade leva em consideração o PIB, o apoio social, a liberdade pessoal e os níveis de corrupção.
Este ano, os autores também usaram dados das redes sociais para comparar as emoções das pessoas antes e depois da pandemia de Covid-19. Eles encontraram “fortes aumentos de ansiedade e tristeza” em 18 países, mas uma queda nos sentimentos de raiva.
“A lição do Relatório Mundial da Felicidade ao longo dos anos é que o apoio social, a generosidade mútua e a honestidade no governo são cruciais para o bem-estar”, escreveu o coautor do relatório, Jeffrey Sachs.
“Os líderes mundiais devem prestar atenção.”
O relatório levantou algumas sobrancelhas quando colocou a Finlândia no topo de suas listas em 2018.
Muitos dos 5,5 milhões de habitantes do país nórdico se descrevem como taciturnos e propensos à melancolia e admitem olhar com desconfiança para demonstrações públicas de alegria.
Mas o país de vastas florestas e lagos também é conhecido por seus serviços públicos que funcionam bem, saunas onipresentes, ampla confiança na autoridade e baixos níveis de crime e desigualdade.