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Um dos coordenadores da campanha do ex-presidiário Lula (PT) à Presidência nas eleições deste ano, o senador Jaques Wagner (PT-BA) virou réu na Justiça Estadual da Bahia por corrupção passiva.
Wagner é alvo de uma ação derivada da Lava Jato. O inquérito foi peticionado pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais, o GAECO.
Aceita pela Justiça em junho deste ano, a ação só veio a público nesta semana.
Os demais denunciados são: os executivos da Odebrecht Cláudio Melo Filho, André Vital Pessoa de Melo, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Marcelo Odebrecht (ex-CEO da empresa).
Segundo o MP, em 2014, Jaques Wagner aceitou uma vantagem de R$ 30 milhões da Construtora Norberto Odebrecht. Em troca, o então governador da Bahia iria viabilizar um acordo para acabar com uma dívida antiga entre a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia e a Odebrecht. A dívida seria referente à construção da Adutora do Sisal, em 1986.
A corrupção passiva é o ato de um funcionário público solicitar ou receber vantagens/promessas em troca de favores ou benefícios particulares. O crime só pode ser cometido por funcionários públicos.