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Após uma extensa campanha marcada por altos e baixos, e uma breve, porém notável, incursão na carreira política que rapidamente o alçou ao topo do poder, Javier Milei, o economista carismático que há alguns anos era convidado para debates televisivos, assume a presidência neste domingo (10), tornando-se o primeiro líder nacional libertário da história. A cerimônia de posse, que contará com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), primeiro convidado internacional de Milei, e de líderes da direita global, terá lugar no Congresso Nacional, em Buenos Aires.
Filosoficamente anarco-capitalista, embora minarquista na prática, Milei não acredita na existência do Estado e atribui à intervenção governamental e à emissão monetária os problemas atuais do país, incluindo a inflação. Em sua campanha, comprometeu-se com um rigoroso ajuste fiscal, envolvendo redução de gastos, diminuição do Gabinete para apenas 8 Ministérios e a eliminação definitiva do Banco Central, uma meta que considera “inegociável” para seu governo.
Apesar de, à primeira vista, essas propostas parecerem pouco convencionais, Milei conseguiu persuadir a maioria da população de que são o caminho certo para tirar a Argentina da crise e promover o crescimento econômico.
Mesmo não se considerando um político, Milei liderou uma campanha austera, focada em mensagens nas redes sociais e comícios de rua, obtendo a maior quantidade de votos desde o retorno da democracia, com 14.476.462 votos no segundo turno.
Ao assumir formalmente o cargo neste domingo perante a Assembleia Legislativa, Milei entrará para a história como o primeiro presidente libertário do mundo. Uma de suas principais influências foi o acadêmico Jesús Huerta de Soto, economista, advogado e escritor espanhol, representante da escola austríaca e professor de Economia Política na Universidade Rey Juan Carlos.