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A jornalista e ex-vereadora Yekaterina Duntsova, uma ativista que defende o fim da ofensiva na Ucrânia, teve sua candidatura à eleição presidencial da Rússia vetada neste sábado (23).
A comissão eleitoral alegou “erros na documentação” apresentada para o registro da candidatura, mas a decisão é amplamente interpretada como uma forma de reprimir a oposição ao presidente Vladimir Putin.
Duntsova, que tem 40 anos, criticou a decisão e anunciou que irá recorrer à Suprema Corte da Rússia.
A Comissão Eleitoral da Rússia vetou neste sábado (23) a candidatura à eleição presidencial da jornalista e ex-vereadora Yekaterina Duntsova.
A comissão alegou “erros na documentação” apresentada para o registro da candidatura, mas a decisão é amplamente interpretada como uma forma de reprimir a oposição ao presidente Vladimir Putin.
Duntsova, que tem 40 anos, é uma ativista que defende o fim da ofensiva na Ucrânia. Ela é uma das poucas figuras da oposição que ainda está na Rússia.
A presidente da comissão, Ella Pamfilova, declarou que o órgão decidiu por unanimidade impedir a candidatura de Duntsova às eleições de março de 2024.
“Você é uma mulher jovem e tem a vida pela frente”, declarou a presidente da Comissão Eleitoral à candidata.
Duntsova criticou a decisão, que chamou de “triste”.
“Não acabou”, disse ela.
Na prática, no entanto, o processo tem pouca possibilidade de prosperar, pois qualquer candidatura que represente uma oposição direta à política do Kremlin não tem chance de receber autorização.
Duntsova também pediu aos dirigentes do pequeno partido liberal Yabloko que apoiem a candidatura dela.
“Não podemos ficar de braços cruzados. Esta é a última oportunidade legal para que os cidadãos expressem a divergência com a política das atuais autoridades”, afirmou no Telegram. “Os russos precisam escolher”.
A presidente da comissão, Ella Pamfilova, informou que 29 pessoas apresentaram documentação para registrar candidaturas à presidência.
A vitória do presidente Vladimir Putin, que está no poder desde 1999, é considerada certa e ele deve obter um novo mandato de seis anos.
Na Rússia, a oposição é quase inexistente, após anos de repressão. Esta política ficou ainda mais intensa desde o início da ofensiva na Ucrânia, em fevereiro de 2022.