Na noite de sexta-feira (2 de fevereiro), os Estados Unidos lançaram uma série de ataques aéreos na Síria e no Iraque como resposta à morte de três de seus militares em um ataque com drones ocorrido na Jordânia no domingo (29 de janeiro). A ação, considerada “exitosa” por Washington, teve duração de aproximadamente 30 minutos e atingiu mais de 85 locais, incluindo áreas na província oriental de Deir Ezzor, na região de Al-Qaim, na cidade de Al Mayadín e no distrito de Al Bukamal, próximo à fronteira com a Síria.
A operação envolveu aviões tripulados e drones, realizando quatro rodadas de incursões contra alvos estratégicos, como quartéis-generais de comando, controle e inteligência, depósitos de munição e outras instalações operadas por militantes pró-iranianos. Mais de 125 munições de precisão foram utilizadas nos ataques, direcionadas principalmente contra combatentes ligados às Forças Al Quds, acusados de facilitar ataques contra as forças dos EUA e da coalizão.
O presidente Joe Biden afirmou que a resposta aos ataques “começou hoje e continuará quando e onde decidirmos. Os Estados Unidos não buscam conflito no Oriente Médio ou em qualquer outro lugar do mundo, mas responderão a qualquer agressão contra seus cidadãos”. O líder norte-americano alertou que tais ações retaliatórias persistirão.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ao menos 18 membros de milícias pró-iranianas foram mortos nos ataques, com cinco deles em Deir Ezzor, além de vários feridos, embora a informação não tenha sido confirmada pelas partes envolvidas.
Os ataques ocorreram no mesmo dia em que os corpos dos três militares mortos no ataque com drones chegaram à base da Força Aérea em Dover, Delaware. William Rivers, Breonna Moffett e Kennedy Sanders foram os primeiros soldados americanos mortos em um ataque no Oriente Médio desde o início da guerra entre Israel e Hamas em outubro de 2023.
Diante da onda de violência que já deixou dezenas de oficiais americanos feridos, a administração Biden prometeu uma resposta decisiva. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, havia antecipado que a reação seria “múltipla” e “escalonada”.
No domingo, o Mando Central dos EUA informou que três de seus militares no norte da Jordânia foram mortos e outros 34 ficaram feridos em um ataque com drones reivindicado pela Resistência Islâmica no Iraque. Biden responsabilizou o regime de Teerã pelo ataque, acusando o Irã de fornecer armas e apoio aos grupos rebeldes. O Irã negou qualquer envolvimento no ataque e ameaçou “responder decisivamente” a qualquer ofensiva americana contra a República Islâmica.
Desde 18 de outubro de 2023, a coalizão de milícias pró-iranianas na região lançou cerca de 166 ataques contra instalações militares americanas, deixando dezenas de oficiais feridos. Esses ataques, que utilizaram diversos tipos de armas, evidenciam a escalada da tensão na região.
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Com informações de agências internacionais
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