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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou nesta terça-feira (20) o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para não depor à Polícia Federal (PF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. O depoimento está marcado para esta quinta-feira (22), às 14h30.
De acordo com a Polícia Federal, inicialmente, 16 militares estão sob investigação por pelo menos três formas de atuação. A primeira envolve a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas sobre a segurança das eleições de 2022, com o objetivo de incentivar seguidores a permanecerem em frente a quartéis e instalações das Forças Armadas.
O segundo ponto de investigação se refere ao apoio dos militares às ações golpistas, incluindo reuniões e planejamento para manter manifestações em frente aos quartéis, mobilização, logística e financiamento para auxiliar os manifestantes.
Além disso, há a suspeita de existência de um “Núcleo de Inteligência Paralela”, composto pelos militares Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid, responsável pela coleta de dados e informações para auxiliar o então presidente na consumação do golpe.
Segundo o processo, Bolsonaro teria pressionado ministros do governo em uma reunião realizada em 5 de julho de 2022 para promover e disseminar “desinformações e notícias fraudulentas” sobre a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro.
Na segunda-feira (19), Moraes já havia negado um pedido anterior de Bolsonaro para evitar o depoimento à PF sobre a tentativa de golpe, justificando que não existiam motivos para tal. O ministro determinou que a Polícia Federal fosse informada de que “não há impedimento para a manutenção da data agendada para o interrogatório, uma vez que os advogados do investigado têm acesso integral aos autos”, conforme declarou o ministro.