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O Brasil atingiu um marco histórico no campo dos transplantes em 2023, realizando um total de 9.136 procedimentos, o que representa o maior índice dos últimos dez anos. Essa cifra representa um aumento significativo de 18% em relação a 2014, quando foram realizados 7.700 transplantes, conforme dados do Ministério da Saúde.
Com uma média de 25 cirurgias por dia, o país também testemunhou um crescimento no número de doadores nos últimos anos. Entre 2013 e 2022, o número de pessoas dispostas a doar órgãos aumentou em impressionantes 37%, passando de 2.562 para 3.522, de acordo com informações do ministério.
Os critérios de elegibilidade para a realização dos procedimentos, como compatibilidade sanguínea, peso, altura e critérios de gravidade, determinam a prioridade na lista de espera, gerida pelo Sistema Nacional de Transplantes.
No período de janeiro a agosto do ano passado, o tempo médio de espera para transplante cardíaco variou entre 30 e 90 dias, segundo o ministério. Para 27,5% dos transplantados nesse intervalo, a espera foi inferior a 30 dias, enquanto 29% aguardaram até 90 dias. Em geral, a espera por um órgão no Brasil varia de 10 a 31 meses.
O apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão, passou recentemente por um transplante de rim em São Paulo, seis meses após ter realizado um transplante de coração devido a insuficiência cardíaca.
Apesar do recorde alcançado, a fila de espera por transplante no Brasil ainda conta com 42.141 pessoas, sendo 92% delas aguardando por um rim. São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia são os estados com o maior número de pessoas na fila. Os órgãos mais demandados em 2023 foram rim (6.116 procedimentos), fígado (2.397) e coração (423).
**Como funciona a lista de transplantes no Brasil?**
O Brasil possui um dos maiores sistemas públicos de transplantes do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O país oferece assistência integral e gratuita, cobrindo desde exames preparatórios até cirurgias, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. A lista de transplantes é única e válida tanto para o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para a rede privada. Além dos critérios técnicos, a ordem de chegada do paciente funciona como critério de desempate, sendo que situações de extrema gravidade também influenciam a posição na fila.
**O que fazer para ser doador de órgãos?**
O Ministério da Saúde destaca a importância de comunicar à família a intenção de ser doador, sem a necessidade de registro em cartório ou documentos. Com a aprovação dos familiares, uma entrevista é conduzida para avaliar o histórico clínico do possível doador, visando garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde.