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A rentabilidade da caderneta de poupança ficou negativa em 0,29% em fevereiro, interrompendo a sequência de ganhos reais desde fevereiro do ano anterior. Isso ocorreu em meio a um cenário em que a inflação do país acelerou, registrando alta de 0,83% em fevereiro, enquanto o rendimento nominal da poupança foi de 0,54%. Como resultado, aqueles que investiram nessa modalidade enfrentaram uma perda de rentabilidade real no período.
Segundo o economista Matheus Spina, da Economatica, desde fevereiro de 2023, a poupança apresentava ganho real, o qual foi interrompido recentemente. Embora em janeiro a poupança tenha registrado um ganho real de 0,18%, nos dois primeiros meses deste ano, houve uma perda real de -0,10%, dado que o retorno nominal ficou em 1,15% e a inflação do período em 1,25%.
A poupança, considerada o investimento mais popular do país, começou a registrar resultados positivos a partir de 2022, após uma perda de 6,43% em 2021. Isso se deveu à queda dos índices de inflação e à manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em um patamar elevado.
Para Miguel Ribeiro, diretor-executivo de estudos e pesquisas da Anefac (Associação Nacional de Executivos), a poupança vinha se destacando em relação aos fundos de renda fixa, especialmente para investimentos de baixo valor. Ele explica que o ganho real da poupança ocorre devido a dois fatores: a queda da inflação e a taxa básica de juros elevada.
No entanto, a poupança tem registrado um aumento nas retiradas, refletindo tanto os juros elevados, que reduzem sua competitividade em comparação com outros investimentos, quanto o endividamento da população. Em 2022, a caderneta fechou o ano com mais saques do que depósitos, resultando em um saldo devedor de R$ 103,23 bilhões, a pior captação negativa da série histórica da aplicação.