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Em uma entrevista concedida ao portal LeoDias na terça-feira (12), um especialista do mercado, que preferiu manter sua identidade em sigilo, expôs um esquema suspeito que está levantando questionamentos sobre a integridade das paradas musicais mais reconhecidas do mundo. De acordo com este especialista, que possui acesso privilegiado aos bastidores da indústria, uma parcela significativa das músicas presentes no Top 100 do popular serviço de streaming de áudio, o Spotify, pode não ter alcançado tal reconhecimento através de méritos artísticos legítimos, mas sim graças a uma técnica questionável envolvendo robôs.
A nova estratégia em questão, segundo o especialista, envolve o uso de bots, também conhecidos como robôs, para inflar artificialmente os números de reproduções das músicas, elevando artistas relativamente desconhecidos ao sucesso instantâneo. Estes bots atuam como ouvintes fantasmas, acessando de forma programada músicas específicas a fim de aumentar artificialmente o número de streams, ou seja, as reproduções das faixas. O especialista descreveu essas operações como “fazendas digitais”, locais onde múltiplos dispositivos estão conectados a uma rede que automatiza a reprodução de músicas.
As fazendas digitais, segundo fontes consultadas pelo portal LeoDias, são salas equipadas com milhares de dispositivos, que operam ininterruptamente para dar play em músicas selecionadas. Esses dispositivos estão conectados a contas do Spotify Premium, permitindo assim que as reproduções geradas por esses bots sejam contabilizadas como válidas pelo sistema da plataforma.
O mais alarmante é que, para alcançar posições de destaque nas paradas de sucesso, os artistas envolvidos nesse esquema não hesitam em desembolsar quantias exorbitantes de dinheiro. De acordo com as fontes consultadas, alguns chegam a gastar até R$ 50 mil para garantir um milhão de reproduções. E, para manter-se no topo, esses gastos podem chegar a incríveis R$ 200 mil mensais, visando conquistar até quatro milhões de reproduções.
Esse investimento maciço contrasta significativamente com os recursos destinados à promoção orgânica, como publicidade e divulgação através de influenciadores. A descoberta de que tais fraudes são possíveis através de placas chinesas, que simulam a interface de smartphones conectados ao Spotify, apenas intensifica a gravidade do problema.
A tecnologia vai além dos celulares. O veículo alega que teve acesso a um vídeo que revela a utilização de placas chinesas que simulam a interface de smartphones conectados ao Spotify. Essas placas, que podem ser encontradas no AliExpress por cerca de R$ 4.2 mil, dispensam a necessidade de celulares físicos, automatizando ainda mais o processo fraudulento.
O espaço segue aberto para o Spotify se pronunciar.