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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central está programado para definir a nova taxa básica de juros nesta quarta-feira (20). Há expectativas de um novo corte, o sexto consecutivo, de 0,5 ponto percentual na Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano. As discussões tiveram início nesta terça-feira (19).
Se o ritmo de quedas continuar, o novo patamar da Selic – 10,75% – será o mais baixo desde fevereiro de 2022. Esta trajetória descendente começou em agosto de 2023, alinhando-se com as expectativas do mercado financeiro.
Em dezembro, os diretores do órgão projetaram reduções na taxa para as próximas reuniões. “Os membros do comitê concordaram, unanimemente, com a expectativa de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, constou na ata.
Essa avaliação levou em consideração que a taxa Selic é o principal instrumento da política monetária para influenciar a inflação em uma economia. Isso ocorre porque taxas de juros mais altas encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e incentivam novas opções de investimento para as famílias.
A inflação no Brasil fechou 2023 em 4,62%, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em fevereiro, o indicador voltou a acelerar, atingindo 0,83%, um aumento de 0,41 ponto percentual em relação a janeiro, quando variou 0,42%.
Esse é o maior patamar para a inflação desde fevereiro do ano anterior, quando registrou 0,84%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula uma alta de 4,50% – o limite superior da meta estabelecida pelo governo, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Em vista da série de cortes na taxa de juros, o Copom observou um “progresso desinflacionário relevante”, mas também adotou uma postura cautelosa em relação ao processo de retorno da inflação para o centro da meta de 3%. A ata destaca a necessidade de manter uma política monetária ainda contracionista para alcançar o objetivo.
“Ainda há um longo caminho a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta, o que exige serenidade e moderação na condução da política monetária. Além disso, a incerteza, especialmente no cenário internacional, que tem se mostrado volátil, requer cautela”, prevê o documento.