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O primeiro Relatório de Transparência Salarial com recorte de gênero revela que as mulheres no estado do Rio de Janeiro enfrentam uma disparidade salarial significativa em relação aos homens. Segundo os dados apresentados nesta segunda-feira (25 de março) pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), a diferença salarial chega a 24%.
O levantamento, baseado em informações de 4.187 empresas com mais de 100 funcionários, revela que essa desigualdade se estende por diversos setores ocupacionais. Nos cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a disparidade chega a 27,9%.
Além disso, o relatório evidencia que as mulheres negras são as mais prejudicadas, tanto em termos de representatividade no mercado de trabalho quanto em remuneração. Enquanto a média salarial das mulheres negras é de R$ 3.313,59, as mulheres brancas recebem em média R$ 5.400,54. No caso dos homens, a diferença também é expressiva, com os negros recebendo R$ 4.649,70 em média, enquanto os não negros recebem R$ 6.952,91.
Outro aspecto destacado no relatório é a presença de políticas de incentivo à contratação e promoção de mulheres. Apenas 41% das empresas adotam políticas para promover mulheres a cargos de direção e gerência, e apenas 33,6% têm políticas de apoio à contratação de mulheres.
No âmbito nacional, a disparidade salarial entre homens e mulheres é de 19,4%. O relatório abrangeu 49.587 empresas em todo o Brasil, totalizando quase 17,7 milhões de empregados.