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A jornalista Patrícia Lélis, de 30 anos, está atualmente procurada pela Polícia Federal dos Estados Unidos, segundo informações do Federal Bureau of Investigation (FBI), há mais de 80 dias. Ela enfrenta acusações relacionadas a uma série de crimes conforme detalhado em um documento de 12 páginas elaborado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. As acusações incluem fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado.
De acordo com o relatório, Lélis é acusada de criar personas fictícias ou até mesmo usar identidades reais para ganhar a confiança de imigrantes, visando obter vantagens financeiras. Ela teria se passado por um suposto investidor imobiliário chamado Jeffrey Willardsen para facilitar transações e ganhar dinheiro de maneira fraudulenta.
As investigações revelaram uma série de trocas de e-mails entre Lélis e potenciais vítimas, bem como transferências bancárias que totalizam um prejuízo estimado em US$ 700 mil para os clientes, equivalente a cerca de R$ 3,4 milhões.
Imagem: Reprodução
Além disso, a jornalista é acusada de se passar por uma advogada especializada em imigração e ter falsificado documentos importantes para processos de obtenção de vistos e propriedades no estado do Texas. Ela também é suspeita de usar o nome e assinatura de um advogado conhecido, assim como indicar a autorização de um juiz da área de imigração para dar credibilidade aos seus esquemas.
Segundo as autoridades americanas, Lélis teria utilizado o dinheiro obtido ilegalmente para financiar seu estilo de vida, incluindo aquisição e reforma de imóveis, bem como pagamento de dívidas pessoais.
Patrícia Lélis é considerada foragida do FBI desde 12 de janeiro e, se condenada, pode enfrentar uma pena máxima de até 20 anos de prisão.
Em fevereiro, enquanto estava foragida, Lélis confirmou estar sendo procurada pelo FBI, afirmando ser uma exilada política e negando as acusações contra si.
Patrícia Lélis, natural de Brasília, já esteve envolvida em outras polêmicas, incluindo acusações contra o pastor e deputado federal Marco Feliciano em 2016, que foram posteriormente arquivadas. Ela também alegou ter tido um relacionamento com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, acusações que ele negou e que resultaram no arquivamento do processo contra ele.
