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O Parlamento Europeu proíbe entrada de representantes do regime cubano após recusa de visita a delegação democrática
O Parlamento Europeu tomou uma medida drástica em resposta à recusa do governo cubano em permitir a visita de uma delegação democrática à ilha. Em uma resolução votada por maioria absoluta, a entrada de representantes do regime de Miguel Díaz-Canel foi proibida indefinidamente.
A decisão foi tomada após a delegação democrática ser alvo de insultos e ter a entrada negada pelo governo cubano, em uma ação sem precedentes. A medida é uma resposta à agressão diplomática do regime contra a União Europeia.
A resolução, proposta pelo eurodeputado Javier Nart, visa estabelecer reciprocidade diante das atitudes do governo cubano. Segundo Nart, a proibição de entrada nos locais do Parlamento Europeu se aplica a qualquer representante da Assembleia Nacional do Poder Popular ou do regime cubano.
A iniciativa tem efeito imediato e impede que qualquer delegação ou representante de Cuba acesse as instalações do Parlamento Europeu, em resposta aos vetos impostos às delegações europeias para visitar a ilha.
A medida reflete a preocupação do Parlamento Europeu com as recorrentes agressões do regime cubano à instituição. Em 2023, diante da grave situação dos direitos humanos na ilha, o Parlamento decidiu formar uma Delegação Ad Hoc para uma missão em Cuba.
A delegação tinha como objetivo promover o diálogo político entre a União Europeia e Cuba, dentro do Acordo de Diálogo Político e de Cooperação aprovado pelo Parlamento Europeu em 2017. No entanto, a visita foi cancelada pelo regime cubano, que acusou os membros da delegação de terem relações com supostos “terroristas internacionais”, uma acusação sem fundamento segundo a ONG Prisoners Defenders.
A decisão do Parlamento Europeu visa enviar um sinal claro de que não tolerará a violação dos direitos democráticos e o desrespeito à reciprocidade diplomática por parte do regime cubano.