Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
As recentes precipitações no Rio Grande do Sul resultaram em um influxo significativo de água para o lago Guaíba, totalizando 14,2 trilhões de litros entre 1º e 7 de maio, de acordo com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Esse volume, quase metade do reservatório da usina de Itaipu, foi responsável pelo transbordamento do Guaíba, desencadeando inundações que afetaram gravemente Porto Alegre.
O evento climático, exacerbado pelo fenômeno El Niño, aumentou a velocidade da água no lago, elevando a vazão de 1,3 milhão para quase 30 milhões de litros por segundo. Como resultado, o nível do Guaíba saltou para 5,2 metros, ultrapassando o recorde histórico de 1941 e inundando vastas áreas da capital gaúcha.
Essa inundação resultou em tragédia, com 113 mortes e 147 desaparecidos até a última atualização.
O volume de água recebido pelo Guaíba equivale a 41,6% do reservatório de Sobradinho (BA) e a 2.290 vezes o volume da Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ). Essa água provém dos rios Gravataí, dos Sinos, Jacuí, Taquari, Caí e Vacacaí, que deságuam no lago, levando o excesso para a Lagoa dos Patos e, por fim, para o oceano.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou um total de 12,7 trilhões de litros de água provenientes das chuvas sobre esses rios entre 28 de abril e 6 de maio, contribuindo para a devastação nas regiões mais ao norte do estado.
Embora haja uma discrepância nos números entre o IPH/UFRGS e o Inpe, devido a diferentes métodos de cálculo, ambos os institutos alertam para a possibilidade de mais chuvas, com uma frente fria esperada para a região sul nos próximos dias. Caso isso ocorra, o lago Guaíba pode levar até 30 dias para retornar aos níveis normais, caso não seja afetado por novas cheias.