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“Haveria um cessar-fogo amanhã se o Hamas libertasse os reféns”, afirmou o presidente dos Estados Unidos durante um evento de arrecadação de fundos nos arredores de Seattle, na casa de um ex-executivo da Microsoft, depois de evitar o tema em três eventos semelhantes na sexta-feira.
Dias atrás, o mandatário norte-americano havia advertido que deixaria de fornecer a Israel “projéteis de artilharia” e outras armas se lançasse uma grande ofensiva contra a cidade palestina de Rafah, em uma advertência inédita por parte de Washington.
“Se entrarem em Rafah – ainda não entraram em Rafah – se entrarem em Rafah, não fornecerei as armas que foram usadas (…) contra as cidades”, disse Biden em entrevista à CNN.
“Não vamos fornecer as armas e projéteis de artilharia que foram usados” na guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, afirmou.
“Moradores civis em Gaza morreram como consequência dessas bombas” e isso “está errado”, respondeu quando questionado pela rede sobre a suspensão na semana passada da entrega de um carregamento de bombas a Israel.
Esta é a primeira vez que o democrata de 81 anos impõe publicamente condições ao apoio militar dos Estados Unidos a Israel, um aliado chave no Oriente Médio.
O Exército de Israel bombardeou a Faixa de Gaza neste sábado e ordenou à população palestina que evacuasse mais bairros na cidade de Rafah, onde a ONU adverte sobre uma catástrofe de proporções “épicas” em caso de uma operação militar em larga escala.
Em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, ocorreram intensos bombardeios israelenses, disseram testemunhas, e as imagens da agência AFP mostram colunas de fumaça sobre a cidade.
Estes bairros estão exatamente a oeste daqueles que o exército israelense ordenou evacuar na segunda-feira passada, na parte oriental da cidade de Gaza.
O porta-voz militar israelense Avichay Adraee publicou uma mensagem em árabe na rede X, na qual afirmou que nestas áreas foram observadas “atividades terroristas do Hamas nos últimos dias e semanas”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insiste na necessidade de lançar uma operação em Rafah, onde estão concentrados 1,4 milhão de pessoas, a maioria deslocados internos pela guerra, considerando que lá estão situados os últimos batalhões do Hamas.
O exército israelense indicou que “cerca de 300.000 palestinos” já saíram desde segunda-feira dos bairros do leste de Rafah.
Por sua vez, neste sábado, as Brigadas de Ezzeldin Al-Qassam, braço armado do Hamas, publicaram um vídeo de um homem feito refém em Gaza por militantes palestinos. Trata-se de Nadav Popplewell, de 51 anos. O grupo afirmou que ele está morto, mas Israel ainda não confirmou a notícia. No vídeo, o homem aparece falando em um clipe de 11 segundos, sobreposto a um texto em árabe e hebraico que diz: “O tempo está se esgotando. Seu governo está mentindo”.
Popplewell estava com um olho roxo, mas não foram observadas outras lesões. Não está claro quando o vídeo foi feito. Sabe-se que ele é diabético, e sua irmã disse ao Daily Mail em novembro, um mês após seu sequestro, que estava preocupada com sua saúde em cativeiro.
O Hamas publicou um vídeo de um refém israelense em Gaza.