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Deputados e senadores se reúnem nesta terça-feira (28) em sessão do Congresso Nacional para deliberar sobre 17 vetos presidenciais. Esses vetos, realizados tanto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro quanto pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, envolvem diversos temas polêmicos e aguardam análise.
Entre os vetos em pauta está a proposta que restringe as saídas temporárias de presos, que tipifica o crime de fake news com pena de até cinco anos de prisão, e que impõe um calendário de pagamento para as emendas parlamentares.
Na última sessão, realizada em 9 de maio, a base do governo conseguiu adiar a análise desses vetos para evitar uma derrota em temas sensíveis, como o veto às saídas temporárias dos presos. Este veto, que foi implementado pelo presidente Lula em 11 de abril sob a justificativa de ser “inconstitucional”, é esperado para ser derrubado, visto que a proposta foi aprovada por ampla maioria na Câmara e no Senado. A proposta original praticamente eliminava as saídas temporárias de presos, permitindo-as apenas para detentos em regime semiaberto que estivessem envolvidos em atividades de estudo ou trabalho com carteira assinada.
Outro veto a ser analisado é o do ex-presidente Jair Bolsonaro à norma que revogou a Lei de Segurança Nacional e criminalizou ações contra o Estado Democrático de Direito. Bolsonaro vetou a tipificação do crime de comunicação enganosa em massa, conhecida como fake news, que previa penas de até cinco anos de prisão. O adiamento da análise desse veto foi solicitado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-PR), filho do ex-presidente.
Também está na pauta o veto parcial à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que prevê um cronograma para a execução das emendas parlamentares. Lula barrou trechos que obrigavam o pagamento das emendas em até 30 dias após a divulgação das propostas, alegando que isso aumentaria a rigidez na gestão orçamentária e financeira. A LDO, na prática, aumenta os poderes do Congresso sobre o Orçamento, reduzindo a capacidade de negociação do governo.
Outro tema em negociação é a manutenção do veto presidencial do governo Bolsonaro que impediu o despacho gratuito de bagagens em viagens aéreas. Em junho de 2022, Bolsonaro vetou a gratuidade no despacho de bagagens, que havia sido aprovada pelo Congresso como parte de uma lei que flexibilizava as normas do setor aéreo. O governo argumentou que a gratuidade iria contra o interesse público e resultaria em aumento dos preços das passagens aéreas.
Desde 2017, as companhias aéreas têm permissão para cobrar pelo despacho de malas, justificando que isso ajudaria a reduzir os preços das passagens, algo que não se concretizou.
Expectativas e Implicações
A sessão desta terça-feira será crucial para definir o destino desses vetos e, por consequência, a aplicação das respectivas leis. A base governista trabalha para manter alguns vetos enquanto busca derrubar outros, visando equilibrar os interesses do Executivo com as demandas do Legislativo.
A decisão sobre esses vetos terá impactos significativos na política criminal, na regulamentação das fake news, na gestão orçamentária e nas regras para o transporte aéreo, refletindo diretamente na vida dos cidadãos e na governabilidade do país.