Nesta quarta-feira (29), exatamente um mês após os temporais e cheias que resultaram em 169 mortes no Rio Grande do Sul, as ruas de Porto Alegre voltaram a ser inundadas. De acordo com a prefeitura, a dificuldade de escoamento deve-se ao nível ainda alto do Guaíba e à sobrecarga dos canais de drenagem.
Na Região Metropolitana, uma operação policial prendeu suspeitos de saques em áreas afetadas pela cheia em Eldorado do Sul. Em uma medida para facilitar a mobilidade, a Trensurb anunciou que os trens entre cinco cidades voltarão a operar a partir desta quinta-feira (30), sem cobrança de tarifa.
No Vale do Rio Pardo, uma das primeiras regiões atingidas pelo desastre, a população de Sinimbu começou a retomar suas atividades. No Vale do Taquari, o trânsito foi liberado nas quatro pistas do trecho da BR-386 entre Lajeado e Estrela, melhorando a circulação na região. Enquanto isso, o Exército trabalha na reconstrução de uma passarela na travessia de um riacho em Arroio do Meio.
No sul do estado, os sedimentos da cheia que atravessaram a Lagoa dos Patos desaguaram no mar. O nível da lagoa recuou em São Lourenço do Sul e Pelotas, onde o Canal São Gonçalo também começou a baixar.
O governo federal anunciou novas medidas de financiamento para empresas afetadas pelo desastre.
O ciclone extratropical que atingiu o estado no início da semana elevou o nível do Guaíba a 3,92 metros na terça-feira (28). A água, que na tarde do dia anterior estava próxima à borda do Cais Mauá, transbordou pelas comportas abertas, que fazem parte do sistema anticheias da capital.
