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O ministro do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz, pediu neste sábado para marcar “o mais rápido possível” uma reunião com os demais funcionários e a equipe negociadora para debater a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo.
O líder do partido Unidade Nacional divulgou um comunicado no qual destacou que o plano anunciado na véspera por Washington abre uma nova janela de negociações com o Hamas para conseguir o retorno para casa de todos os civis mantidos em cativeiro em Gaza desde 7 de outubro. “Estamos comprometidos em continuar promovendo um acordo para recuperar os reféns, conforme formulado pela equipe negociadora e aprovado de forma unânime pelo Gabinete de Guerra, como parte do objetivo global de alcançar todos os objetivos da guerra”, indicou no comunicado, reiterando sua disposição desde novembro para chegar a um novo entendimento de trégua com os terroristas.
Ele também expressou sua gratidão aos Estados Unidos, que “sempre demonstraram seu compromisso com a segurança de Israel e com o retorno de todos os reféns, especialmente desde o início da guerra”.
A proposta anunciada nesta sexta-feira pelo presidente Joe Biden consta de três fases elaboradas com a participação de Israel. A primeira prevê um cessar-fogo completo, a retirada das Forças de Defesa das zonas povoadas da Faixa de Gaza, a libertação parcial dos reféns, o retorno dos civis palestinos às suas casas e um aumento da entrada de ajuda humanitária no enclave. Tudo isso ocorreria em um período de seis semanas.
A segunda etapa propõe o fim permanente das ofensivas, a troca de prisioneiros palestinos pelo restante dos reféns vivos e a retirada total de Israel de Gaza. Por fim, seria iniciada a reconstrução do território vizinho e a repatriação dos restos mortais dos reféns falecidos.
Ao anunciar o plano, Biden instou o Hamas a aceitá-lo, pois é a melhor maneira de a ajuda humanitária ser “distribuída de forma segura e eficaz a todos os que precisam” e de acabar com o conflito.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu celebrou este passo, considerando que não apenas trará calma à região com o fim dos confrontos, mas também permitirá cumprir todos os seus objetivos nesta guerra, incluindo a erradicação do Hamas e o retorno dos reféns.
“As condições de Israel para acabar com a guerra não mudaram: a destruição das capacidades militares e de governo do Hamas, a libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza não representa mais uma ameaça para Israel. Segundo a proposta, Israel continuará insistindo no cumprimento dessas condições antes de estabelecer um cessar-fogo permanente. A ideia de que Israel aceitará um cessar-fogo permanente antes de essas condições serem atendidas não faz sentido”, afirmou.
Por sua vez, neste sábado, Catar e Egito juntaram-se ao trabalho dos Estados Unidos e também instaram as partes a aceitar o plano. “Como mediadores nas discussões para garantir um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns e detidos, pedimos conjuntamente tanto ao Hamas quanto a Israel que finalizem o acordo que incorpora os princípios esboçados pelo presidente Joe Biden”, indicou o Ministério das Relações Exteriores de Doha.
(Com informações de AFP, EFE e Europa Press)