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O ministro das Comunicações do Governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil-MA), negou que tenha cometido irregularidades na indicação de emendas parlamentares e afirmou que provará, na Justiça, a sua inocência. A declaração foi publicada na manhã desta quarta-feira (12).
A Polícia Federal (PF) indiciou o ministro das Comunicações por uma série de crimes, como corrupção, fraude em licitações e organização criminosa.
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Juscelino Filho é suspeito de participar de esquema de desvio de emendas parlamentares quando era deputado federal.
O relatório da Polícia Federal com o indiciamento de Juscelino foi enviado na terça-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF), e o relator é Flávio Dino. O caso está sob sigilo.
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Em nota divulgada, Juscelino Filho também afirma que o indiciamento “é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”.
O ministro das Comunicações disse ainda que o inquérito “devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada”.
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Durante seu mandato como deputado federal, o ministro teria se envolvido em um esquema de desvio de emendas parlamentares destinadas à cidade de Vitorino Freire, localizada no interior do Maranhão. Esta cidade é governada por sua irmã, Luanna Rezende, e já teve seu pai como prefeito em duas ocasiões.
CONFIRA A NOTA COMPLETA DE JUSCELINO SOBRE O CASO:
“NOTA À IMPRENSA
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A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos.
O indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito.
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É importante deixar claro que não há nada, absolutamente nada, que envolve minha atuação no Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, pela ética e defesa do interesse público.
Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada. A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar.
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No exercício do cargo como deputado federal, apenas indiquei emendas parlamentares para custear obras. A licitação, realização e fiscalização dessas obras são de responsabilidade do Poder Executivo e dos demais órgãos competentes.
Durante o meu depoimento, o delegado responsável não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação. Além disso, o encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento.
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Isso suscita dúvidas sobre sua isenção, repetindo um modo operante que já vimos na Operação Lava-Jata e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes.
É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados”.
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