O estudo também destacou os impactos da crise climática no Rio Grande do Sul, cuja exclusão dos dados estaduais teria reduzido o índice nacional de endividamento para 78,4%. No entanto, as contas em atraso aumentaram ligeiramente em 0,1 ponto percentual, alcançando 28,7%. Metade desse aumento na inadimplência nacional (0,2 ponto percentual) foi atribuída à elevada demanda por crédito entre as famílias gaúchas, que buscam reconstruir suas condições financeiras após os eventos climáticos.
A pesquisa de junho revelou uma melhoria no perfil do endividamento. A proporção de famílias consideradas “muito endividadas” diminuiu para 17,2%, uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao período anterior, enquanto aquelas identificadas como “pouco endividadas” aumentaram para 33,7%, um incremento de 0,6 ponto percentual. O grupo de famílias sem condições de pagar suas dívidas permaneceu estável em 12%, tanto em comparação com o mês anterior quanto com o mesmo período do ano passado.
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Por outro lado, o percentual de famílias com dívidas em atraso aumentou para 28,8%, um crescimento de 0,2 ponto percentual em relação a maio deste ano, embora ainda abaixo dos níveis observados em junho de 2023. Houve também um aumento de 0,3 ponto percentual no número de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias, alcançando 47,6% do total de endividados em junho de 2024 – o maior registrado neste ano.
Apesar do aumento na inadimplência, houve uma redução de 0,4 ponto percentual no número de consumidores cuja renda comprometida com dívidas representa mais da metade de seus rendimentos, totalizando 20,4% do total.
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O cartão de crédito permanece como o principal meio de endividamento, utilizado por 86,4% dos devedores, com uma leve redução de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior e 0,6 ponto percentual comparado a junho do ano anterior. Carnês e cheque especial continuaram perdendo representatividade, ambos com redução de 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior. Por outro lado, o financiamento imobiliário apresentou o maior crescimento anual, com 1,5 ponto percentual, refletindo um mercado de crédito mais acessível, alcançando o maior percentual de utilização desde fevereiro de 2022, totalizando 8,9% dos endividados.