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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados realiza nesta terça-feira (16) uma sessão crucial, ouvindo os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, investigados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A reunião, marcada para as 14 horas no plenário 11, faz parte do processo que pode levar à cassação do mandato de Chiquinho Brazão, acusado de quebrar o decoro parlamentar.
A Procuradoria-Geral da República acusa Chiquinho Brazão, ex-vereador e atual deputado federal, de ser um dos mandantes do duplo assassinato. Chiquinho, preso desde março, nega veementemente as acusações, alegando que suas divergências com Marielle Franco na Câmara Municipal do Rio de Janeiro não justificam qualquer ligação com o crime. Seu advogado, Cleber Lopes, sustenta que os episódios mencionados na acusação ocorreram antes do mandato de Chiquinho na Câmara, portanto, não violam o Código de Ética da Casa.
A deputada Jack Rocha (PT-ES), relatora do processo (Representação 4/24), será responsável por compilar os depoimentos e elaborar um parecer sobre o caso. Ontem, o delegado Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e atualmente preso por suspeita de comprometer as investigações do assassinato, negou repetidamente qualquer relação com os irmãos Brazão.
Na semana passada, o Conselho de Ética ouviu o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ), que era vereador na época dos crimes. Motta declarou que o assassinato de Marielle Franco foi uma tentativa de intimidar aqueles que enfrentavam os interesses das milícias no Rio de Janeiro.
Após a sessão desta terça-feira, a relatora Jack Rocha deverá apresentar um parecer sobre as investigações, que será submetido à votação do Conselho. Se o parecer recomendar a suspensão ou cassação do mandato de Chiquinho Brazão, a decisão final caberá ao plenário da Câmara, onde são necessários pelo menos 257 votos favoráveis para a cassação do mandato.
Chiquinho Brazão foi eleito deputado federal em 2022, mas agora enfrenta a possibilidade de perder seu mandato devido ao seu suposto envolvimento no assassinato de Marielle Franco, um caso que chocou o Brasil e mobilizou a opinião pública nacional e internacional.