Dois policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foram formalmente acusados de homicídio no âmbito da Operação Escudo, realizada em julho do ano passado na Baixada Santista, litoral de São Paulo. Segundo a TV Tribuna, entre os acusados está o capitão Marcos Correa de Moraes Verardino, que atuava como coordenador operacional da operação.
O juiz Thomaz Correa Farqui, da 3ª Vara Criminal do Foro de Guarujá, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e determinou a suspensão dos policiais de suas funções públicas. A decisão exige que os agentes apresentem sua defesa por escrito dentro de um prazo de dez dias.
O juiz baseou sua decisão em indícios de que Marcos Correa de Moraes Verardino e o outro policial envolvido teriam praticado homicídio qualificado, utilizando seus cargos e armamentos públicos para agir fora dos parâmetros legais e cometer o crime. Segundo a análise preliminar, os policiais teriam executado uma pessoa já imobilizada e incapaz de reagir.
Farqui justificou a suspensão como uma medida necessária para assegurar o andamento do processo e prevenir possíveis novos crimes. De acordo com a denúncia, os policiais teriam tentado manipular provas após o crime, apagando imagens das câmeras de segurança e alterando o local do crime.
O juiz ressaltou que a continuidade dos réus em suas funções poderia não apenas representar um risco para novas vítimas, mas também comprometer a integridade da investigação. “Isto demonstra que, a continuarem no exercício de suas funções, poderão os réus não só investir contra outras vítimas, mas também agir para atrapalhar a produção probatória”, destacou o juiz.
Este caso marca a terceira denúncia vinculada à Operação Escudo, elevando o número total de policiais militares réus a seis.
