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Na manhã desta quinta-feira, 1º, um policial civil foi detido dentro da Delegacia de Piedade, na zona norte do Rio de Janeiro. O nome do agente não foi divulgado, mas ele estava de plantão no momento em que foi encontrado pelos investigadores do Ministério Público e da Polícia Civil.
A prisão faz parte da Operação Lástima, que visa desmantelar um grupo criminoso envolvido em fraudes de seguro de veículos. Desde as primeiras horas do dia, agentes cumpriram mandados de prisão e buscas em várias localidades, incluindo o Rio de Janeiro e Barra do Piraí, na Região Sul Fluminense.
Além do policial civil, as investigações envolvem um ex-funcionário de uma empresa prestadora de serviços ligada ao Pátio Legal da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e um empresário do setor automobilístico.
O grupo criminoso, segundo a investigação, abordava pessoas com dificuldades financeiras para que estas forjassem o roubo de seus veículos, a fim de obter indenizações fraudulentas das seguradoras. O policial civil era responsável por registrar essas ocorrências falsas e enviava os documentos para os proprietários dos carros por e-mail ou através do aplicativo de mensagem do ex-funcionário do Pátio Legal, que intermediava as negociações fraudulentas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil, o grupo criminoso contribuiu para o aumento dos índices de roubo de veículos no estado. A investigação da Corregedoria revelou pelo menos quatro falsas comunicações de crimes, com os proprietários dos veículos admitindo a fraude.
Das 471 ocorrências de roubo de veículos registradas na delegacia de Piedade, 173 foram feitas pelo policial preso. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) observou que o agente, que trabalha em um esquema de plantão de um dia de trabalho e três dias de folga, havia registrado cerca de 37% das ocorrências na delegacia.
Além disso, o MPRJ identificou que o policial fez mais de 50% dos registros nos meses de outubro e dezembro de 2023 e até mesmo durante suas férias, sem a presença física das supostas vítimas.
O Ministério Público informou que a investigação continuará para descobrir se há outros policiais ou indivíduos envolvidos e para esclarecer o destino final dos veículos, que podem estar sendo desmanchados ou reformados para serem vendidos em leilões.