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O número de mortos em um ataque aéreo israelense no centro de Beirute, na manhã desta quinta-feira (03), subiu para 9, conforme informou o Ministério da Saúde do Líbano. O ataque ocorreu no bairro de Bashoura, próximo ao centro da cidade.
O ministério libanês atualizou o número de vítimas fatais, que passou de seis para nove, além de 14 feridos. Testes de DNA estão em andamento para identificar as vítimas. Este é o primeiro ataque israelense à área desde 2006.
Os bombardeios de Israel já mataram mais de mil pessoas no Líbano e deslocaram cerca de um milhão de moradores desde o início da intensificação do conflito com o grupo terrorista libanês Hezbollah.
O lançamento de mísseis pelo Irã contra Israel, no dia 1º de outubro, marcou uma nova fase no conflito regional no Oriente Médio. De um lado está Israel, apoiado pelos EUA, e do outro, o Eixo da Resistência, composto por grupos terroristas financiados e apoiados militarmente pelo Irã.
Atualmente, existem 7 frentes de conflito: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo sírio e as milícias atuantes no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel mantém tropas ativas em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, enquanto realiza bombardeios aéreos nas outras quatro.
No dia 30 de setembro, o Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano, poucos dias após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, localizado no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam ter eliminado quase toda a cadeia de comando do Hezbollah em ataques aéreos realizados nas semanas anteriores. No dia 23 de setembro, o Líbano viveu seu dia mais letal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Entre os mortos, ao menos dois adolescentes brasileiros perderam a vida nos ataques. O Itamaraty condenou a escalada da violência e solicitou o fim do conflito. Em resposta ao aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar seus cidadãos no Líbano.
Na Cisjordânia, as forças militares de Israel seguem atuando na tentativa de desarticular grupos contrários à ocupação israelense do território palestino. Já na Faixa de Gaza, o foco de Israel está na erradicação do Hamas, grupo responsável pelo ataque de 7 de outubro, que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas, segundo autoridades israelenses.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que mais de 40 mil palestinos foram mortos durante as operações israelenses.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde dezenas de israelenses sequestrados pelo grupo também estariam sendo mantidos em cativeiro.