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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira (3), um acordo para a construção do estádio do Flamengo no terreno do Gasômetro, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro. A cerimônia ocorreu no Centro de Operações da Prefeitura, com a presença do prefeito Eduardo Paes e do presidente da Caixa, Carlos Vieira. Lula participou remotamente, diretamente do Palácio do Planalto.
“Eu sou casado com comunhão de bens com o futebol. Só não desejo mais forte ao Flamengo porque ele vai jogar com o Corinthians outra vez na semana que vem. Mas eu quero desejar boa sorte ao Flamengo”, declarou Lula.
O presidente enfatizou a importância do clube rubro-negro, afirmando: “Um time que tenha a torcida que tem o Flamengo, a paixão que representa o Flamengo, é muito importante que tenha um estádio de futebol. Estou cumprindo uma coisa que assumi desde 2003 com o Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro merece sempre um tratamento muito especial. Esse acordo foi bom para o Brasil, para meu governo, e esse acordo foi muito bom para o Flamengo. Flamengo agora vai poder ter um estádio de futebol, uma arena. E isso é extraordinariamente importante pela grandeza do time do Flamengo.”
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, também assinou um termo de posse do terreno, que agora pertence oficialmente ao Clube de Regatas do Flamengo. Após a cerimônia, os representantes do clube e da prefeitura se dirigiram ao Gasômetro para a entrega simbólica da chave ao Flamengo, que, apesar de ter a maior torcida do Brasil e um dos maiores orçamentos de um time de futebol, ainda não possuía um estádio.
“Tem alguns trâmites burocráticos para cumprir agora. Foi feito com a participação de todos na reunião. Agora, os próximos passos são fazer sondagens do terreno, demolir o que tem aqui, elaborar o projeto básico e solicitar as licenças necessárias para a execução e, em paralelo, o processo executivo. A fase de licenciamento vai durar até dois anos; espero que seja um pouco menos do que isso, e depois entraremos no período de construção do estádio”, explicou Landim ao chegar ao local.
Acordo e Financiamento
O prefeito Eduardo Paes desapropriou o terreno da Caixa Econômica Federal, que foi a leilão e arrematado pelo Flamengo por um valor estimado de aproximadamente R$ 170 milhões. Inicialmente, a Caixa contestou o valor inicial de R$ 138,2 milhões, mas após uma perícia judicial, o clube pagou mais R$ 7,9 milhões.
Um acordo recente entre o Flamengo, a Prefeitura do Rio, a Advocacia Geral da União e a Caixa Econômica viabilizou a complementação financeira necessária, que será dividida entre o clube e a prefeitura. O Flamengo se comprometeu a pagar mais R$ 23,9 milhões, parcelados em cinco anos. Assim, o custo total do terreno para o clube será de cerca de R$ 170 milhões.
