Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram] WhatsApp: [link do WhatsApp]
Neste sábado (5), o avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Beirute, capital do Líbano, por volta das 13h18 (horário de Brasília), com 229 brasileiros e três animais de estimação a bordo. Esta ação faz parte da primeira fase da Operação Raízes de Cedro, que visa repatriar cidadãos brasileiros diante da escalada de tensões na região.
Antes de retornar ao Brasil, o voo fará uma escala para reabastecimento em Lisboa, Portugal. A chegada à Base Aérea de Guarulhos, em São Paulo, está prevista para a manhã de domingo (6).
Estima-se que cerca de 20 mil brasileiros estejam vivendo no Líbano, e o Ministério das Relações Exteriores informou que aproximadamente 3 mil cidadãos estão interessados em deixar o país em meio à intensificação das operações militares israelenses. A repatriação, inicialmente marcada para sexta-feira (4), foi adiada para avaliar as condições de segurança, especialmente após os bombardeios que atingiram áreas próximas ao aeroporto de Beirute.
Embaixada do Brasil em Beirute
O governo brasileiro, em comunicado, enfatizou a importância de seguir as orientações de segurança emitidas pela embaixada e autoridades locais. A nota também ressaltou que aqueles que têm condições financeiras devem buscar deixar o Líbano por meios próprios, uma vez que o aeroporto continua operando voos da Middle East Airlines.
O tenente-coronel aviador Marcos Fassarella Olivieri expressou orgulho em participar da missão, comparando o resgate atual aos voos realizados durante a Operação Voltando em Paz, em 2023, que resgatou cerca de 1.600 brasileiros e mais de 50 animais de estimação de zonas de conflito em Israel, Gaza e Cisjordânia.
Em apoio aos repatriados, o Ministério da Agricultura e Pecuária implementou a flexibilização das regras para a entrada de cães e gatos que acompanham os cidadãos retornando ao Brasil. As diretrizes facilitam a entrada dos animais sem a necessidade de documentos sanitários imediatos, em uma tentativa de atender à urgência das situações humanitárias. Bruno Cotta, coordenador-geral do ministério, destacou a importância dessa flexibilização para preservar a saúde pública e o bem-estar animal.
