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O ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, advertiu neste domingo que seu regime não tolerará qualquer alteração da ordem pública, diante da tensa situação que Cuba enfrenta devido ao apagão total que afeta a ilha há dois dias, conforme relatou a Infobae.
Díaz-Canel, vestido com uniforme militar, anunciou durante o telejornal que na noite de sábado algumas pessoas saíram para tentar “provocar alterações da ordem pública” e que todos os participantes nos distúrbios “serão processados conforme o rigor das leis revolucionárias”.
O Ministério de Energia e Mineração (Minem) de Cuba informou neste domingo sobre a terceira queda total do Sistema Elétrico Nacional (SEN) em menos de três dias.
“Há poucos minutos ocorreu outra desconexão do Sistema Elétrico, SEN. De imediato, começou o trabalho de restabelecimento”, escreveu o Minem nas redes sociais.
A primeira queda total do sistema, o primeiro evento de “zero cobertura energética nacional”, segundo o Minem, ocorreu na manhã de sexta-feira, após uma saída “imprevista” de uma central chave para o SEN desestabilizar todo o sistema.
Os apagões são comuns há anos, mas a situação se agravou nas últimas semanas. Nos últimos dias, houve jornadas com taxas de afetação máxima superiores a 50%, ou seja, momentos em que metade do país estava simultaneamente sem energia.
Os frequentes apagões prejudicam a economia cubana, que em 2023 contraiu 1,9% e ainda está abaixo dos níveis de 2019, segundo dados oficiais, e impulsionam o descontentamento social em uma sociedade afetada por uma crise econômica que se intensificou nos últimos anos.