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O Hamas escolherá um novo líder em março, mas manterá a identidade do novo comandante em segredo por razões de segurança, afirmou um porta-voz do grupo terrorista palestino. Até lá, a organização será administrada por um comitê de altos oficiais.
O grupo terrorista baseado em Gaza está sem um líder geral desde a última quarta-feira, quando Yahya Sinwar foi morto em um tiroteio com tropas israelenses em Rafah. Sinwar, que anteriormente ocupava a posição de chefe do movimento em Gaza, assumiu a liderança em agosto, após o assassinato do chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.
Com o comandante da ala militar do grupo, Mohammed Deif, morto em um ataque aéreo israelense em Gaza em julho, as responsabilidades de liderança geral foram atribuídas a um comitê de cinco homens, informou um porta-voz do Hamas à emissora estatal britânica BBC nesta segunda-feira.
Esse comitê será composto por Khalil al-Hayya, Khaled Meshaal, Zaher Jabarin, Muhammad Darwish e um quinto indivíduo não nomeado, segundo o porta-voz. Assim que um novo líder for escolhido, ele acrescentou, seu nome será mantido em sigilo por questões de segurança.
Khalil al-Hayya está baseado no Catar e atualmente lidera a delegação do Hamas nas negociações de cessar-fogo com Israel. Al-Hayya reconheceu a morte de Sinwar em uma mensagem em vídeo na semana passada, descrevendo o militante assassinado como um “guerreiro sagrado” e “mártir caído”.
Dois oficiais do Hamas disseram à BBC que al-Hayya assumiu muitas das funções de Sinwar e é considerado um forte candidato para substituí-lo na liderança da organização.
Ao lado de Deif, Sinwar era amplamente visto como o arquétipo do ataque realizado em 7 de outubro de 2023 contra o sul de Israel, que deu início à guerra em curso. “Sinwar foi responsável pelo ataque mais brutal contra Israel em nossa história”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, em um comunicado televisionado na semana passada. “No último ano, Sinwar tentou escapar da justiça. Ele falhou. Dissemos que o encontraríamos e o levaríamos à justiça, e assim fizemos.”
O Hamas mantém que continuará a guerrear contra Israel e não libertará os cerca de 100 reféns que mantém em Gaza até que Israel se retire do enclave e libere numerosos prisioneiros palestinos em suas prisões. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse à Assembleia Geral da ONU no mês passado que, se o Hamas não se render, as IDF continuarão lutando “até alcançarmos a vitória total”.