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Na manhã desta sexta-feira (1), apoiadores de Evo Morales invadiram um regimento militar no Trópico de Cochabamba, no Bolivia, e fizeram militares e civis reféns em resposta às operações de desbloqueio de estradas ordenadas pelo presidente Luis Arce. Os protestos já duram 19 dias e visam a pressão contra o governo, que é acusado de perseguição política contra os defensores da coca.
De acordo com a emissora local Wara TV, um grupo de cerca de 2.000 pessoas se reuniu na base Cacique Juan Maraza, armados com paus, exigindo que o coronel da unidade depusesse as armas e não seguisse as ordens do governo. Em meio à agitação, um militar não identificado declarou que a vida dos soldados estava em perigo e pediu uma “solução rápida” para o conflito, ressaltando que a situação estava insustentável.
Os manifestantes entoaram gritos de “Que renuncie! Que renuncie Lucho!”, exigindo a saída do presidente Luis Arce. Ao mesmo tempo, outro grupo de apoiadores de Morales tentou invadir o Regimento de Infanteria RI-21 “Cnl. Epifanio Ríos”, mas foi convencido a recuar pelo coronel, que assegurou que não utilizaria armas para desbloquear as estradas.
As Forças Armadas da Bolívia emitiram um comunicado, alertando que a tomada de armas contra a pátria é considerada traição e reafirmaram que qualquer ato que prejudique a segurança e a soberania do Estado será tratado como crime. Elas pediram aos envolvidos que abandonem imediatamente as instalações militares de maneira pacífica.
A situação ocorre em um cenário de bloqueios que, segundo o governo, está causando milhões de dólares em prejuízos à economia do país. O ministro da Defesa, Edmundo Novillo, destacou que as ações foram necessárias para garantir a livre circulação e restabelecer a ordem nas estradas, enfatizando que a paciência do governo tem limites.
Os seguidores de Evo Morales reivindicam que os protestos sejam uma forma legítima de defesa de seus direitos, enquanto o governo se vê pressionado a agir para restaurar a normalidade e a segurança nas vias de acesso. A escalada da tensão levanta preocupações sobre a possibilidade de confrontos mais graves entre as forças de segurança e os manifestantes.