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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se defendeu nesta quarta-feira (13) das críticas feitas pela oposição na Câmara dos Deputados sobre o desperdício de vacinas. Durante uma audiência pública, os deputados Frederico (PRD) e Kim Kataguiri (União-SP) cobraram explicações sobre a perda de doses de imunizantes, apontando o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como responsável pela situação.
Kim Kataguiri citou uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) que apura o caso, associando o desperdício de vacinas à postura antivacina adotada pela administração de Bolsonaro. Em resposta, Nísia destacou as ações que seu governo tem adotado para corrigir o problema, mencionando que, no início de sua gestão, foram retirados os sigilos sobre os estoques e informações sobre os imunizantes. Ela também destacou as negociações para substituir lotes próximos ao vencimento.
“Todas as medidas foram tomadas contra o desperdício do governo anterior”, afirmou a ministra. “Recebemos um Ministério da Saúde sem controle de estoque, com 12,5 milhões de doses de vacinas para vencer e foi todo o nosso trabalho de recuperação, conseguimos com isso recuperar doses de vacinas num valor de R$ 252 milhões”, completou Nísia, que também relatou o esforço para evitar novas perdas.
A audiência foi marcada por cobranças da oposição, mas também contou com a ausência de alguns deputados inscritos para questionar a ministra, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Evair de Melo (PL-ES). Em sua fala, a ministra destacou o compromisso de sua gestão com a saúde pública e evitou se posicionar sobre a possível extinção do piso de Saúde e Educação, tema presente no pacote de cortes de gastos do governo federal.
Após a audiência, Nísia ressaltou o esforço de sua equipe para melhorar a gestão das vacinas, mencionando a criação de um comitê de monitoramento de materiais no Ministério da Saúde. Além disso, afirmou que tem negociado com laboratórios para a troca de vacinas vencidas, incluindo os imunizantes contra a COVID-19.
“A responsabilidade de coordenar o maior sistema universal de saúde do mundo é minha e de toda a equipe”, afirmou Nísia, reiterando o compromisso do governo Lula em garantir o orçamento necessário para a saúde.