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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), reuniu a imprensa, nesta quarta-feira (3), para falar da abertura do processo de impeachment aprovado pela Câmara no dia anterior. Para ele, a atitude teve “motivação política” e foi um “verdadeiro absurdo”.
Segundo a denúncia que deu início ao processo, protocolada pelo ex-servidor da Fazenda Fernando Lyra, o prefeito teria cometido suposto crime de responsabilidade ao favorecer as empresas OOH Clear Channel e JCDecaux em renovações de contratos de mobiliários urbanos em dezembro de 2018.
“Com esse motivo que não é plausível, que é uma coisa absolutamente inócua, uma coisa sem qualquer relevância se votou a abertura do impeachment, por razões políticas. Mas a razão em si do impeachment é um verdadeiro absurdo”, defendeu-se Crivella.
Em sua defesa, Crivella apontou que Lyra só entrou com o processo quando foi demitido: “Agora ele acha que é irregular e não tem despesa nenhuma de R$ 20 milhões. É uma forma de cobrar propaganda de rua. Uma forma de cobrar propaganda de rua. E as empresas que têm esse mobiliário já tinham entrado na Justiça na época do Cesar Maia para não pagar do jeito que ele (servidor) acha que tem que ser pago”.
Votação na Câmara
Dos vereadores que votaram pela admissibilidade do processo 35 foram a favor e 14 contra. Crivella continua no cargo, mas terá que enfrentar uma investigação. O prefeito diz que a denúncia não faz “o menor sentido”.
O vereador Alexandre Isquierdo (DEM) se absteve e o presidente da casa, Jorge Felippe (MDB), se declarou impedido, por ser o primeiro na linha sucessória caso o impeachment seja aprovado no fim do processo. O vice-prefeito, Fernando Mac Dowell, morreu em maio do ano passado, após um infarto e a prefeitura ficou com o cargo vago.