A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, após julgamento em plenário virtual, a concessão de liberdade ao médium João de Deus.
O julgamento durou cerca de oito horas e foi concluído na última sexta-feira (23). No plenário virtual, os ministros tinham oito dias para apresentar suas posições no sistema interno do STF. No próximo dia útil, o resultado é anunciado.
João de Deus está preso desde dezembro, após acusações de diversos crimes sexuais enquanto realizava atendimentos como médium na cidade de Abadiânia, próximo a capital do estado de Goiás.
Em junho, o ministro Ricardo Lewandowski rejeitou o pedido e decidiu manter decisão tomada pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que determinou que João de Deus deixasse o hospital onde estava internado e voltasse para cadeia.
A defesa, então, recorreu à Segunda Turma, e Lewandowski levou o caso para o plenário virtual. Para o ministro, o entendimento consolidado do Supremo indicava a rejeição e, portanto, não era necessária discussão presencial.
Os advogados de João de Deus argumentavam que ele não representa riscos ao processo, além de ser portador de doença grave. A defesa requerer medidas cautelares diversas da prisão, como tornozeleira eletrônica e fiança, ou prisão domiciliar – todos os pedidos foram rejeitados.