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O Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), organização social responsável por construir e gerir sete dos nove hospitais de campanha contratados pelo governo do estado do Rio de Janeiro para enfrentar a pandemia da covid-19, prometeu que até a próxima semana todas as unidades serão entregues. As unidades Lagoa-Barra e Parque dos Atletas, contratadas com a Rede D’Or, já estão em funcionamento.
Segundo o Iabas, o atraso na entrega dos hospitais foram “por motivos alheios à vontade” do instituto e que o trabalho vem sendo feito “de forma consistente” para evitar novos adiamentos e garantir que vidas sejam salvas.
“Os problemas de entrega foram ocasionados por diversos problemas, como dificuldades burocráticas, legais e jurídicas; obras não previstas originalmente; dificuldade na contratação de pessoal; precariedade de acesso para os locais escolhidos; violência nas vias de acesso; e mudanças pontuais no plano técnico dos leitos por parte da SES [Secretaria de Estado de Saúde]”, disse o Iabas em nota.
A secretaria informou que foi criado ontem (18) o Comitê de Supervisão dos Hospitais de Campanha, para fiscalizar a estrutura emergencial montada para atender os pacientes com a covid-19.
Segundo a SES, na reunião de ontem (18) com o Iabas, o governo cobrou um plano imediato e concreto para a entrega das unidades, a compra de equipamentos, a contratação de pessoal e a abertura de leitos. A organização se comprometeu a apresentar o plano até amanhã (20).
Cronograma
Em ofício encaminhado ontem (18) pelo Iabas à SES, a organização detalha os motivos dos atrasos e informa a nova previsão para a abertura das unidades.
Para o Hospital de Campanha do Maracanã, que já teve o primeiro pavilhão entregue no dia 9, a previsão de entrega do pavilhão B é na sexta-feira (22). O atraso de 20 dias foi causado por questões burocráticas e legais que paralisaram a obra por dez dias, bem como a necessidade não prevista de instalar uma subestação de energia elétrica e mudanças exigidas pela vigilância sanitária, disse o Iabas.
O Hospital de São Gonçalo será entregue na quinta-feira (21), segundo o Iabas. A instituição detalha que houve atraso de cinco dias no início da obra por problemas de liberação de acesso ao local destinado à unidade e que teve que pavimentar o acesso, trabalho não previsto no contrato. O local da obra também foi atingido por fortes chuvas e tiroteios que atrasaram a execução. Ao todo, o atraso foi de 23 dias.
Em Nova Iguaçu, a previsão também é de entrega na quinta-feira (21). O Iabas alega que o atraso total da unidade foi de 22 dias, causados pela falta de paralisação da pista do aeroclube que funciona no local, dificuldade de integração com o hospital modular que está sendo construído ao lado e adequação da infraestrutura de acesso, água e esgoto, drenagem e energia elétrica.
Em Campos dos Goytacazes, o atraso de 24 dias foi provocado pela necessidade de adequação do terreno ao tamanho da estrutura do hospital de campanha, atraso na ligação com a rede de água pela concessionária e dificuldade para contratar profissionais de saúde na região norte do estado. A entrega da unidade está prevista para o dia 25.
O hospital de campanha de Casimiro de Abreu deve ser entregue no dia 27. Segundo o Iabas, levaram ao atraso de 26 dias as inadequações nas tendas iniciais montadas pela empresa subcontratada, além da solicitação pela SES de adequação no projeto das UTIs e enfermarias. O instituto alega também que apenas 63% das vagas para profissionais de saúde para a unidade foram preenchidas.
A unidade de Duque de Caxias deve ser entregue no dia 26, com 17 dias de atraso provocado pela necessidade de drenagem e nivelamento do terreno, além de questões burocráticas e jurídicas que paralisaram as obras por 10 dias.
O último hospital de campanha previsto, em Nova Friburgo, deve ser entregue pelo Iabas no domingo (24), 23 dias após a data inicial. Segundo o instituto, o atraso se deve às fortes chuvas que caíram na região e alagaram o campo de futebol onde a estrutura está sendo montada, bem como dificuldades para a aprovação de obras complementares não previstas inicialmente.
O instituto alega também que o atraso no pagamento de uma parcela pela SES fez com que a entrega de respiradores comprados da China prevista para o dia 10 fosse adiada para o dia 23. O Iabas disse que manteve a SES informada de todas as intercorrências.