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De acordo com a advogada de defesa do traficante Elias Maluco, encontrado morto nesta terça-feira (22) na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, o condenado cometeu suicídio, a advogada de defesa Lucelia Gouveia afirmou que essa informação foi dada pela assistência social da penitenciária.
O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) emitiu uma nota confirmando a morte, mas não deu detalhes de como Elias morreu. O órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública apenas disse que a família foi notificada pelo Serviço Social da unidade prisional. Ainda segundo o Depen, o local da morte foi preservado até a chegada da Polícia Federal, responsável por fazer a perícia.
Lucelia, que defendia o condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, revelou que tinha uma reunião com Elias às 16h desta terça-feira, porém ao na penitenciária os funcionários da unidade teriam informado que ele não queria recebê-la. Somente depois ela descobriu que ele já estava morto.
Os crimes do Maluco
Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, foi preso em 2002, ele era apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho. As autoridades o consideraram como um dos líderes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão quando foi preso, ele foi condenado a 28 anos de prisão, em 2005, pelo assassinato do jornalista Tim Lopes em 2002. Em 2013, sua sentença foi aumentada a mais 10 anos, sete meses e 15 dias de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.
Uma ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil que aconteceu na semana passada, apurou que nos endereços supostamente ligados a Elias Maluco, havia indícios de crimes de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.
Ainda de acordio com as investigações do MP-RJ e polícia, Elias Maluco era dono do tráfico de todas as favelas comandadas pelo Comando Vermelho na Baixada Fluminense. Na facção, ele estaria abaixo apenas do Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP — que também está preso na unidade federal Catanduvas.
Segundo apurado nas investigações apenas na Baixada Fluminense, área supostamente comandada por Elias Maluco, o faturamento mensal de algumas localidades com o tráfico de drogas chega a R$ 7,2 milhões. Deste valor, cerca de 20% do lucro seria destinado às liderança