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Na manhã desta quarta-feira (10), a Polícia Federal (PF) faz uma operação no Rio de Janeiro (RJ) e um dos alvos é o ex-secretário estadual de Saúde de Witzel, Fernando Ferry.
De acordo com a CNN Brasil, agentes estão no prédio onde Ferry mora na Tijuca, Zona Norte do RJ, mas o ex-secretário está em São Paulo para acompanhar o vestibular do filho. Para a emissora, Ferry afirmou que “sabia que sofreria retaliações”.
Batizada de Desmascarados, a operação investiga possível direcionamento de procedimentos de dispensa de licitação no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG/UNIRIO) para aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI) durante a pandemia de Covid-19, bem como de desvio do dinheiro público mediante sobrepreço.
Ferry foi diretor do HUGG antes de assumir a secretaria de Saúde. Ele foi anunciado para o comando da pasta em 17 de maio, em meio a uma das maiores crises sanitárias do estado, e deixou o cargo após um mês e quatro dias, em junho de 2020, ainda durante a gestão de Wilson Witzel.
“Auditorias e as investigações indicam o favorecimento de determinado grupo de empresas que para cometimento dos delitos contavam com a conivência de funcionários públicos”, informou a PF, em nota.
As possíveis irregularidades foram registradas em documentos de auditoria da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e também em relatório de fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU).
Em apenas uma dispensa de licitação, no valor de R$ 1,2 milhão, o hospital pagou, respectivamente, R$ R$ 47,80 e R$ 49,50 por cada máscara e avental adquirido – os itens foram cotados em chamamento público da EBSERH por R$ 12,50 e R$ 15, respectivamente.
“Neste caso, a CGU apontou sobrepreço no valor de R$ 650.270,00 e um superfaturamento de R$ 398.444,00, além de fortes indícios da montagem do processo realizada pelo Hospital Universitário Gaffrée e Guinle”, afirmou a PF.
A operação conta com a participação de 30 policiais federais que cumprem 5 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias.
Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e os investigados respondem pela prática dos delitos de organização criminosa, peculato e fraudes em licitação.