Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A professora de uma escola municipal de Caxias do Sul, que desejou a morte de pessoas de direita, não faz mais parte dos quadros do serviço público da cidade do interior do Rio Grande do Sul (RS).
A demissão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Município na quarta-feira (20).
Após o pleito municipal de 2020, o candidato do PT apoiado por ela perdeu a disputa eleitoral para a prefeitura de Caxias do Sul. Diante disso, a professora publicou em suas redes sociais uma série de críticas à direita e, em algumas delas, afirmou que gostaria que todas as pessoas de direita morressem.
“Da direita, quanto mais morrerem de Covid-19, de tudo, Aids, câncer fulminante, pra mim, melhor é. Já que a gente não pode fuzilar, então que vão na praça fazer bandeiraço (sic) e, se Deus quiser, morram tudo de Covid. Adultos, mulheres, idosos e crianças, não vale um, não se salva um”, disse à época a agora ex-servidora pública.
As falas motivaram o afastamento da professora – por determinação da Procuradoria Geral do Município – durante a sindicância aberta para investigar o caso.
Ela também era investigada desde 2018 por violência contra colegas professores e denúncias de bullying contra alunos.
Com a repercussão que o caso teve na época, o PT de Caxias do Sul chegou a divulgar uma nota de apoio à docente. Segundo o comunicado, pessoas “que defendem uma ideologia obscurantista e autoritária, que visa instalar no país um estado repressor, digno do totalitarismo fascista” se utilizaram de “uma frase infeliz de uma educadora” para atribui-la a todo o conjunto de educadores “que defendem a sociedade baseada na democracia”.
“A indignação que externam é hipocrisia instrumental”, diz o partido, “pois entre eles não são poucos os que destilam ódio político todos os dias”.
Sobre a demissão, a portaria publicada no Diário Oficial do Município de Caxias do Sul sobre o caso informou que o desligamento foi motivado pelo fato de a professora “ter infringido o disposto no artigo 241, incisos III, VI e VII, artigo 242, caput e inciso XVII e artigo 257, incisos V e VII, todos da Lei Complementar 3.673/1991”. Essa lei “estabelece o Estatuto que institui e regula o regime jurídico único dos servidores públicos do Município de Caxias do Sul e dá outras providências”.
A professora demitida ainda pode recorrer da decisão da administração municipal. Caso o recurso dela seja aceito, ela poderá ser reintegrada ao serviço público de Caxias do Sul.