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Boate Kiss: 3° dia do julgamento tem bate-boca entre testemunha, advogados e juiz

O terceiro dia do julgamento dos quatro réus acusados de ser os responsáveis pelo incêndio da boate Kis, nesta sexta-feira (3), foi marcado por desentendimento e bate-boca entre Jean Severo, advogado de Luciano Bonilha, e a testemunha de acusação do Ministério Público, o administrador de empresa Daniel Rodrigues da Silva, de 40 anos. 

Na época do incêndio, Daniel Rodrigues da Silva trabalhava na loja que vendeu os artefatos pirotécnicos usados dentro da casa noturna.

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O material foi comprado pelo produtor musical Luciano Bonilha e, no dia da tragédia, foi entregue para o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos. Os dois são réus no processo, assim como os sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido por Kiko, e Mauro Londero Hoffmann

Ao ser peguntado pela bancada de defesa dos réus se a loja de artefatos pirotécnicos foi fechada pela polícia, o proprietário negou. No entanto, a defesa do réu insistiu, e ele disse que não iria responder. Em seguida, o advogado Jean Severo disse que ele era obrigado a responder. “Não vou responder, não sou obrigado”, disse o administrador. “Claro que tu é obrigado, sim!! Não começa, tu tem que responder! Tu botou esse rapaz aqui”, disse Severo, aos gritos, apontando para Bonilha.. “Ele colocou esse inocente aqui, ele colocou”, acrescentou o advogado.

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Foi quando o juiz Orlando Faccini Neto pediu calma, mas a discurssão continuou. “Vamos ter um pouco de contenção, que é isso?”, gritou o magistrado. Severo voltou a falar, sendo interrompido pelo juiz.

“Só um minuto doutor, aqui não é competição de quem grita mais alto. Se for, eu falarei mais alto. O senhor aguarde, o senhor aguarde, por favor, a pergunta vai ser formulada. Eu considero a pergunta relevante, só vamos esperar um pouco”, repreendeu o juiz.

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O administrador de empresas voltou a perguntar ao magistrado se era obrigado a responder a pergunta. “Sim, é obrigado porque existe um tipo penal, um crime, que é o falso testemunho, que diz que, se a testemunha faltar com a verdade, ou também omitir, isso pode dar problema”, explicou o magistrado.

No retorno do intervalo, o magistrado pediu calma. Ele disse que não quer antecipar nenhuma etapa, mas previu dificuldade no momento dos debates, quando o Ministério Público e defesa dos réus contra-argumentam. “Vamos tentar segurar um pouco isso, vamos tentar baixar um pouco a temperatura, somos profissionais. É um caso relevantíssimo para todos, mas não é o último caso da carreira de cada um.”

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Daniel Rodrigues da Silva disse que o estabelecimento foi multado em 2015 por armazenamento inadequado de produtos, o que gerou multa. “Eu recebi uma mercadoria, que não pode ser remetida a minha loja. Ela foi direcionada a uma garagem, houve uma denúncia por parte dos vizinhos e essa mercadoria foi devolvida para a empresa que me forneceu”, acrescentou.

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