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Rodoviários do Rio entraram em greve nesta terça-feira (29). Até o momento, nenhum articulado do BRT estava rodando, e algumas estações nem sequer abriram, mas o corredor Santa Cruz-Alvorada funcionava em contingência, com coletivos normais.
Alguns ônibus de linha, regulares, estavam circulando com 60% da frota, segundo o Rio Ônibus, e havia a promessa de aumentar os coletivos nas ruas; Garagens das viações que operam essas linhas, no entanto, estavam cheias de coletivos; Passageiros tinham dificuldade para chegar ao trabalho ou voltar para casa. Alguns relataram espera de até duas horas em linhas regulares.
A paralisação foi considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que impôs multa de R$ 200 mil por dia de descumprimento.
O prefeito Eduardo Paes disse que o “plano de contingência não substitui o sistema” e que estranha “a paralisação ter se concentrado em motoristas do BRT”.
A greve dos rodoviários e a possibilidade de chuva moderada, que devem impactar a cidade ao longo do dia, fizeram com que o Centro de Operações da Prefeitura do Rio decretasse Estágio de Mobilização, o segundo numa escala de cinco.
Ao todo, 3 milhões de pessoas utilizam ônibus na capital fluminense. A greve da categoria é por tempo indeterminado. Cerca de 19 mil rodoviários trabalham na capital fluminense.
De acordo com o Alerta Rio, há previsão de chuva moderada e isolada até a manhã desta terça.
O Estágio de Mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade, podendo afetar a rotina de parte da população.
Além dos rodoviários, garis também cruzaram os braços por melhores condições de trabalho.
A prefeitura informou que a Procuradoria-Geral do Município tomou as providências judiciais para assegurar a prestação do transporte público pelos motoristas e pelas concessionárias.
De acordo com o executivo municipal, segundo o Termo de Conciliação firmado em abril de 2018, os operadores dos consórcios têm a obrigação de garantir a operação de, no mínimo, 50% das linhas que deixem de circular, em até 24 horas, para proporcionar a continuidade da prestação dos serviços.
A prefeitura orienta a quem precisa trabalhar presencialmente que:
- Utilize o metrô, barcas, trens e VLT;
- Viaje fora dos horários de pico ou trabalhe de casa.
Reforço na operação dos modais:
- VLT: extensão do horário de pico de acordo com a demanda, garantindo 7 minutos de intervalo nas 3 linhas;
- Metrô: oferta extra nos horários de entrepico conforme necessidade, podendo também estender os horários de pico nos trens e Metrô na Superfície;
- Supervia: oferta de trens reservas posicionados no Ramal Santa Cruz e Gramacho. Caso a demanda de passageiros tenha acréscimo, os mesmos serão adicionados à operação, podendo antecipar a operação do pico da tarde;
- Barcas: uso de embarcações maiores na ligação Cocotá-Praça 15. Os horários das linhas, exceto Cocotá e Paquetá, foram retomados de acordo com os intervalos pré-pandemia;
- Intermunicipais: reforço de linhas que passam no município.
Ações complementares:
As vans e os “cabritinhos” – veículos que circulam em comunidades – estão autorizados a desviar o itinerário para atender estações de trem, metrô e BRT nas áreas de planejamento das respectivas linhas e uso das faixas de BRS.
Haverá fiscalização de cobrança de tarifas abusivas nas vans pela SEOP/CETC, nos táxis, por meio do aplicativo Taxi.Rio e em ônibus executivos, em caso de denúncias feitas pela SMTR.
A CET-Rio monitora pontos críticos quanto a eventuais impactos na circulação para ações de operação de tráfego com objetivo otimizar a fluidez do trânsito principalmente nos arredores dos terminais Alvorada, Recreio, Fundão, Jardim Oceânico, Central do Brasil e Mato Alto.