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Em assembleia nesta terça-feira (14), o Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) informou que os servidores do órgão aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado.
A manutenção do movimento de paralisação, que começou no dia 1º de abril, foi aprovada por 80% dos votos, segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad. A próxima assembleia ocorre no dia 21 de junho.
Está marcada para amanhã uma reunião dos sindicatos com a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros.
A greve no BC continua mesmo após o governo federal ter confirmado que os servidores não terão reajustes salariais este ano, algo que o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, já havia antecipado aos funcionários do órgão em reunião com os sindicatos no início de junho.
Depois disso, a categoria reduziu a demanda de recomposição salarial em 2022 de 27% para 13,5%, de acordo com o Sinal. Mas também pedem um bônus de produtividade, a exemplo do que pedia a Receita.
Além disso, foi enviada ao Ministério da Economia uma proposta de minuta com a pauta não salarial dos servidores do BC, com pontos como exigência de ensino superior no concurso para todos os cargos e classificação da carreira como típica de Estado.
O clima internamente é de insatisfação com a forma com que o tema tem sido conduzido.
O movimento dos servidores do BC tem prejudicado serviços e divulgações do órgão. O Copom de junho está acontecendo sem antes o órgão ter divulgado às expectativas do mercado no Boletim Focus, que tem variáveis importantes para o modelo de inflação do colegiado.