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O Carnaval de rua de São Paulo, batizado de Esquenta Carnaval, agendado para os dias 16 e 17 de julho, corre o risco de não ser realizado. A informação foi dada pelo prefeito de SP Ricardo Nunes (MDB).
Ele afirmou na quinta-feira (30) que, se não houver patrocínio privado para custear o evento, “a prefeitura não vai colocar dinheiro público” para bancar os desfiles dos blocos.
Um novo edital de patrocínio foi aberto e as inscrições pelas empresas devem ser feitas até 7 de julho.
A abertura de um novo certame foi feita porque no 1º processo licitatório, divulgado no último dia 4, com lances a partir de R$ 10 milhões, nenhuma empresa se interessou em participar.
Se, novamente, nenhuma entidade se inscrever na licitação, o Esquenta Carnaval não deverá acontecer. Nunes justificou a desobrigação do Executivo de bancar o evento pelo fato de a festa ser fora de época.
“Se não houver patrocínio privado, a prefeitura não colocará dinheiro público no Carnaval. Como é um evento extraordinário e não ordinário, ou seja, não está no rito normal das ações, a prefeitura não vai colocar recurso público”, afirmou o prefeito.
Mas Nunes mostrou otimismo. Diferentemente do primeiro edital, o segundo certame foi aberto com lances menores, a partir de R$ 6 milhões. “Eu creio que deva ter patrocinador, porque os valores foram reduzidos”, disse Nunes.
O anúncio da eventual não realização do Carnaval demonstra um recuo em relação a uma reunião entre a Prefeitura de São Paulo, a Secretaria Municipal de Cultura e representantes dos blocos de rua.
O encontro foi realizado no dia 4 de junho. Segundo um levantamento da prefeitura, anunciado no dia 7, 294 blocos haviam se inscrito para desfilar.
Como foi em 2021, o Carnaval de rua não aconteceu tradicionalmente no começo do ano em razão da pandemia. Em janeiro e fevereiro, o Brasil viu os números de casos positivos e vítimas da doença crescerem em todo o país impulsionados pela variante Ômicron.