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O prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (22), na casa onde mora na cidade. Ele está afastado do cargo após ter sido alvo de mandados de busca e apreensão por suspeitas de desvios de verbas públicas do município.
Atualmente, a esposa de Gilberto, Cristina Gonçalves, que é a vice-prefeita, é quem responde pela gestão do município.
De acordo com o advogado Fábio Gomes, que responde pela defesa do prefeito, Gilberto foi alvo de um mandado de prisão preventiva porque estaria atrapalhando as investigações da PF.
Um dos documentos municipais buscados na ação não foi encontrado.
A investigação aponta que as contratações e respectivos pagamentos para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos realizados pelo município de Rio Largo, em favor de duas empresas, teriam ocorrido de forma irregular.
Ainda segundo a PF, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.
A operação foi chamada de “Beco da Pecúnia”, uma referência ao local onde a PF flagrou quatro entregas de valores a pessoas vinculadas à prefeitura logo após terem sido sacados por duas pessoas que trabalham em empresas contratadas pelo município.
Gravações mostram que agentes ligados ao município se encontram com representantes de empresas contratadas da prefeitura em um beco para receber um pacote, passado de um carro para o outro, onde segundo a polícia havia dinheiro.