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Na quarta-feira (14), a Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização judicial para que o Telegram encaminhe dados cadastrais de 141 integrantes do grupo ‘Caçadores de ratos do STF’. A informação é da CNN Brasil.
Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, homem preso em julho após a divulgação de vídeos e mensagens em que ele criticava ministros do STF e políticos de esquerda, fazia parte do grupo.
“A Polícia Federal, por meio deste subscritor, sugere a pertinente autorização judicial para que a empresa Telegram encaminhe os dados cadastrais e o conteúdo das mensagens publicadas no grupo denominado ‘Caçadores de ratos do STF’, dos seguintes usuários identificados”, afirma o pedido da PF ao STF logo antes de listar os 141 usuários que faziam parte do grupo.
A PF afirma em manifestação ao STF que “foi possível localizar os seus integrantes, mas sem qualquer dado qualificativo que permita a identificação das pessoas que integram ou integraram o grupo denominado ‘Caçadores de ratos do STF’”.
Um agente da PF relata em relatório anexado na manifestação a dificuldade em se obter a identificação dos integrantes do grupo, como determinou o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, relator do caso, em agosto deste ano.
“Utilizando-se de técnicas investigativas, constatamos que a maioria dos participantes do grupo não possuem o número telefônico e/ou nome de usuário associado, sendo diversos deles identificados tão somente pelo nome fornecido (Ex: “Jean”). Por esse motivo, a opção (para qualificá-los) de fato recai sobre os dados eventualmente armazenados pelo próprio Telegram quando da criação da conta”, disse o agente, segundo a emissora.
Esses dados foram obtidos pela PF a partir de um link de acesso ao grupo investigado. A partir disso, os investigadores da corporação conseguiram identificar esses 141 usuários ativos.
A PF explica ao Supremo que não foi possível obter informações pelo Telegram armazenado no celular de Ivan Rejane que foi apreendido, uma vez que ele estava sem dados armazenados.
“A investigação também identificou trocas de mensagens de Ivan Rejane por meio do aplicativo WhatsApp. Nesse sentido, a empresa META INC. foi oficiada para encaminhar os dados cadastrais dos interlocutores identificados nas mensagens com conteúdo ilícito. Até o presente momento, aguarda-se o encaminhamento dos dados requisitados”, relatou o delegado do caso.
A PF pediu que seja prorrogado o prazo para concluir essas diligências. Inicialmente, no dia 22 do mês passado, Alexandre de Moraes havia dado 15 dias para a PF realizar essas ações.
Moraes mandou ontem (14) a PGR se manifestar sobre um pedido feito pela defesa de Ivan Rejane para revogar sua prisão preventiva.