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Cabral diz que Caixa 2 não é corrupção: “recursos usados indevidamente por mim”

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, disse que não considera o “Caixa 2” um crime . Cabral concedeu sua primeira entrevista desde que deixou a prisão ao portal Metrópoles.

Ao ser questionado sobre “rachadinha” na época que presidiu a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Cabral disse que nunca superfaturou, mas admitiu ter usado “caixa 2”.

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“Eu nunca pratiquei mesmo, nunca soube. Desse mundo aí eu nunca participei. Com 70 deputados estaduais, você tem ali o extrato da sociedade. Se aquele ou outro deputado faz algum esquema de dividir dinheiro, é um problema dele. Na presidência, nunca fiz. E já vou avançar. Eu nunca superfaturei. Quero dizer aqui para as câmeras que eu nunca superfaturei. Os próprios delatores da Odebrecht, da Andrade Gutierrez, da Carioca Engenharia… Quem resolveu falar nunca disse que eu superfaturei”, disse o ex-governador.

“Porque isso… Cadê a corrupção, se eu não superfaturei nada? Eu usei caixa 2”, disse Cabral.

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“Mas caixa 2 não é corrupção?”, questionou o colunista Guilherme Amado.

“É um tipo de corrupção, mas não é corrupção de superfaturar contrato”, respondeu ex-governador, que ainda explicou, conforme o entendimento dele, o motivo de não considerar “caixa 2” corrupção.

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“É óbvio que há. Se eu faço uma licitação, eu não chego para você e digo: “Quero 3%”, como foi dito. Se ele está dizendo que eu tive 3% foi da empreiteira. Certamente foi o que eu usei em campanhas eleitorais”, disse Cabral.

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“Vou te dar um exemplo prático. É número, não é adjetivo, é puro substantivo, pura informação. 16 quilômetros de metrô. O Rio de Janeiro tem 40 e poucos quilômetros de metrô. Quase a metade foi feita por mim. Fiz a Estação Uruguai, a General Osório, a Nossa Senhora da Paz, a estação Antero de Quental, que a esquerda tola, ligada ao senhor Freixo, caiu na esparrela na campanha de 2022, de dizer que era pobre de… para rico. Ela não sabe que a empregada da gente pega o metrô, que o porteiro pega o metrô. E eu tive o absurdo de ouvir de uma presidente de associação de moradores pró-melhoramento de Ipanema: “Já que o senhor vai fazer o metrô em Ipanema, pelo menos fecha no final de semana”. Eu fiquei olhando para a cara da mulher e falei: “A senhora em Paris ou em Nova York quando pega um metrô e sai na Upper East Side gosta de chegar num domingo lá, né?””, continuou o ex-governador.

 

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“Então, voltando, eu gastei R$ 9,5 bilhões no metrô, são 16 quilômetros. Tem uns técnicos doidos do Tribunal de Contas que falam que eu superfaturei R$ 2 bilhões. O governo de São Paulo está fazendo a linha seis do metrô, que são 16 quilômetros. Custa R$ 15 bilhões. Não estou afirmando que o João [Doria], o Tarcísio [de Freitas], superfaturou. Só estou dando os números. E aqui o terreno é arenoso, é entre lagoa e mar. Tivemos que botar o tatuzão para envelopar o troço. Então, superfaturamento, nunca houve. Agora, houve, sim, recursos usados indevidamente por mim, eu reconheço, para as campanhas eleitorais e sobras de campanha”, disse Cabral.

“Mas eu reconheço que eu fiz uso desse dinheiro”, disse o ex-governador.

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“Para benefício pessoal. Era benefício pessoal, era base de campanha, sobrava um dinheiro, eu usava para um benefício pessoal, mas não era no superfaturamento, era caixa 2”, disse Cabral.

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Cabral é acusado de liderar um esquema de corrupção no governo do Rio de Janeiro. Ele passou seis anos preso e acabou solto em 2022, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Cabral foi condenado a 400 anos de prisão.

Ele foi solto em dezembro do ano passado, por ordem do STF. Ele era o último preso em regime fechado da Lava Jato.

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