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O Governo do Rio de Janeiro (RJ) estuda enviar para presos do Complexo de Bangu, localizado na Zona Oeste da cidade do Rio, dezenas de televisões Smart TVs com tecnologia 4K, óculos de realidade virtual e computadores.
De acordo com o site g1, câmeras fotográficas profissionais e videogames de última geração chegaram a ser aprovadas no mesmo projeto, mas a lista foi revista e alguns itens foram vetados.
A iniciativa partiu de um projeto da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro para as escolas.
Como o complexo de presídios tem 19 escolas para os criminosos, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) resolveu aderir e fez uma lista com os produtos.
Entre as unidades prisionais que receberiam o projeto estão cadeias onde estão os chefes das principais facções criminosas do Rio.
O projeto chamado de ”Cultura Maker” foi criado pela Secretaria de Estado de Educação em 2021. A ideia é equipar as escolas da rede estadual com espaços pedagógicos e recursos inovadores – chamados de “Espaços Maker” ou “Salas Maker”, onde os alunos têm contato com tecnologia, fotografia e produção audiovisual.
Departamentos internos da Secretaria de Administração Penitenciária alertaram sobre o risco da entrada de equipamentos possibilitam acesso a rede de internet e redes sociais e que poderiam causar transtornos na segurança penitenciaria.
Em um 1º momento, o superintendente de tecnologia da informação da Secretaria de Administração Penitenciária, Rodrigo Octavio de Brito, se opôs.
Porém, o subsecretário de administração Alexander de Carvalho Maia insistiu na liberação dos equipamentos.
Segundo o portal, Octavio acabou mudando de opinião e o subsecretário de gestão operacional da Seap, Rogeri Ferreira da Rocha, deu o aval final para a entrada dos materiais nos presídios.
A lista inicial de equipamentos tinha: TVs 4k de até 60 polegadas, laptops, câmeras fotográficas de última geração, caneta 3D, impressora multifuncional laser com WIFI e videogame Playstation 5 com jogo Fifa 23.
Nos últimos dias, agentes da Seap tiveram acesso à lista de equipamentos que foram autorizados a entrar nas escolas dos presídios e a liberação de alguns itens causou espanto.
Meses depois da decisão da Seap de liberação dos materiais, houve uma retificação na lista. E o próprio subsecretário de gestão operacional voltou atrás.
Ela se opôs ao ingresso de “equipamentos que possibilitam captação de imagens e acesso a rede de internet e consequentemente as redes sociais”.
Mais de 50 itens foram retirados da lista, como por exemplo, câmeras fotográficas profissionais, canetas digitais, notebooks e o videogame.
Itens como Smart TV de 70 polegadas, óculos de realidade virtual e computadores novos seguem na lista.