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O Tribunal de Contas da União (TCU) vai realizar uma auditoria nos gastos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com operações de trânsito durante o ano passado. A auditoria vai apurar se houve uso indevido de recursos públicos por parte da corporação.
A auditoria mira a atuação do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso nesta quarta-feira (9) por suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano passado.
Segundo investigações da Polícia Federal, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno.
Os agentes da PF cumpriram, ao todo, dez mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão preventiva de Vasques, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. Todos os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A operação que prendeu Vasques teve o apoio da Corregedoria-Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.
Segundo a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, que consta no Código Eleitoral Brasileiro.
De acordo com a Polícia Federal, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro de 2022, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste.