O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou nesta terça-feira (5) que o número de mortes causadas pela passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado subiu para 21. Do total, 15 óbitos aconteceram na cidade de Muçum, na região central do estado.
Uma das mortes ocorreu durante uma operação de resgate, em Lajeado. Um policial militar resgatava uma mulher na região do rio Taquari com a ajuda de um helicóptero, quando o cabo com que eles eram içados se rompeu e os dois caíram no rio, de uma altura de cerca de 20 metros. A mulher, identificada como Maria da Conceição Alves do Rosário, não resistiu à queda. O PM, identificado como sargento Augusto, foi resgatado em estado grave para um hospital da região.
As outras 15 mortes em Muçum ocorreram após um deslizamento de terra que atingiu uma casa na cidade. O Corpo de Bombeiros encontrou 15 corpos nesta terça, ao vistoriar a casa. Os corpos serão removidos pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) de Caxias do Sul e levados para Porto Alegre.
O ciclone também deixou 3.084 pessoas desalojadas e 1.650 desabrigadas em 67 cidades gaúchas. Em Santa Catarina, uma pessoa morreu em decorrência das tempestades e rajadas de vento.
Mais de 85% da cidade de Muçum foi atingida pelas águas. Em razão do nível do rio que abrange a região, moradores precisaram ser resgatados em cima de telhados e forros das casas. O nível da água atingiu o centro da cidade, alagando residências, escolas, estabelecimentos comerciais e hospitais.
Por questões de segurança, a energia elétrica do município foi cortada. De acordo com a prefeitura, também não há sinal de telefone. O município possui quatro acessos por estradas e todos estão interditados.
