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O influenciador fitness Renato Cariani foi ouvido pela Polícia Federal na tarde de segunda-feira (18), chegando à sede acompanhado de seu advogado por volta das 13h30. Cariani é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para a produção de drogas, especialmente crack, para o narcotráfico. Durante o depoimento, ele optou por não comentar as investigações, destacando que ainda não se trata de um inquérito criminal e prometendo se pronunciar sobre o caso na saída.
Além de Cariani, outras duas pessoas importantes no suposto esquema também serão ouvidas: a sócia do influenciador, Roseli Dorth, e seu amigo, Fábio Spinola. Roseli, de 71 anos, é apontada como sócia-administrativa da indústria química Anidrol, de Cariani, localizada em Diadema, na Grande São Paulo. A investigação sugere que ela estava envolvida em transações suspeitas relacionadas à venda de produtos químicos destinados à produção de crack, em parceria com Cariani.
Fábio Spinola, apontado como amigo do influenciador, também é vinculado ao núcleo do suposto esquema. Sua participação está sendo investigada.
A empresa de Cariani, a Anidrol, já teria sido citada no depoimento de um traficante, conforme informações do programa Fantástico, da TV Globo. A Anidrol, segundo as investigações, teria vendido produtos para o tráfico em transações mascaradas como legais. Cariani é sócio da Anidrol desde 2008.
As investigações contra a empresa começaram em 2019, quando a farmacêutica AstraZeneca informou ao Ministério Público sobre notas fiscais emitidas pela Anidrol referentes a movimentações de produtos químicos não reconhecidos pela farmacêutica. A PF alega que Cariani e Roseli tinham conhecimento da investigação, mas continuaram emitindo notas fraudulentas em nome da AstraZeneca para adquirir e desviar produtos químicos.